Desmatamento na Amazônia mantém tendência de queda


10/08/2010 – Os dados, divulgados na última segunda-feira (09/08), são do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

 

Faltando um mês para fechar o calendário oficial do desmatamento (que vai de  agosto de um ano a julho de outro), os números do Deter confirmam a tendência de queda que vem sendo apontada pelo governo há alguns meses.

 

No acumulado de agosto de 2009 a junho de 2010, a área desmatada foi de 1.808 km². A soma é 49% menor que a registrada no período anterior (agosto de 2008 a junho de 2009), quando o Inpe verificou 3.536 km² a menos de floresta na região.

 

Deter

 

Os números do desmatamento mês a mês são calculados pelo sistema Deter, que monitora áreas maiores do que 25 hectares e serve para direcionar a fiscalização ambiental.

 

A taxa anual de desmate é calculada por outro sistema, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que é mais preciso, por avaliar áreas menores. Apesar da metodologia diferente, a avaliação do Deter costuma antecipar os resultados do Prodes.

 

Os dados finais e oficiais do Prodes só devem ser apresentados em novembro. Se a tendência de queda se confirmar, o governo pode chegar a um novo recorde de queda do desmatamento. Em 2009, a taxa anual de desmate calculada pelo Inpe foi de 7,4 mil km², a menor registrada em 20 anos de monitoramento.

 

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Desmatamento por Estado:
Acre = 0,69 km2
Amazonas = 24,36 km2
Maranhão = 10,69 km2
Mato Grosso = 36,5 km2
Pará = 160,63 km2
Rondônia = 8,83 km2
Tocantins = 2,04 km2
Total: 243,74 km2

(Fonte: INPE)

 

 

 


Áreas de impacto

Ao anunciar os dados nesta segunda-feira, a ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, chamou a atenção para um "aumento residual" de 13% nas derrubadas registradas no Amazonas. O município de Lábrea, que compõe a lista dos 43 municípios "campeões do desmatamento", foi um dos principais polos da destruição. A área de influência da BR-163 (Cuiabá-Santarém) também sofreu aumento na destruição.

Os maiores desmatamentos foram identificados no Pará (161 km2), Mato Grosso (36,5 km2) e Amazonas (24 km2). "Não sabemos ainda o que está ocorrendo. Esses dados são para auxiliar no processo de fiscalização. Verificou-se um pico [de desmatamento] em relação ao Amazonas e dirigimos a fiscalização. Estamos avaliando o que ocorre lá para novas operações", afirmou.

A ministra disse que esse resultado pode estar ligado à menor cobertura de nuvens neste ano, o que ajudou o satélite a "enxergar" mais destruição. A situação, segundo ela, revelou uma "mudança no perfil" de desmatamento na região.

Para outras informações acesse o site do INPE

Agência Fapeam

(Com informações da Agência Brasil e Valor On line)

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