Educação ambiental muda realidade de assentamento


Para que a educação ambiental tenha sucesso ela precisa atender às necessidades das pessoas de uma comunidade. É uma parceria onde todos saem ganhando. Essa lição foi aprendida pelos jovens do programa Jovem Cientista Amazônica (JCA) e o dever de casa foi feito. Eles realizaram seminários, identificaram espécies florestais, construíram canteiros para produção de hortaliças, fizeram coleta seletiva e verificaram a qualidade da água do Assentamento Tarumã-Mirim, em Manaus.  

As ações foram desenvolvidas a partir da identificação da problemática do local e verificação das potencialidades ambientais. Foi o que explicou João Marcelo de Lima, professor da Escola Municipal Neuza dos Santos Ribeiro, localizada no assentamento. /

Ele coordenou o projeto “Incentivos a estudos, pesquisa e experimentos em educação ambiental”, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). A pesquisa estimulou a participação de 15 alunos, do quinto ao nono ano do ensino fundamental, em atividades de pesquisa que ajudassem a solucionar os problemas tanto na comunidade quanto na escola.   

Não demorou muito para que os resultados aparecessem. Mesmo a pesquisa tendo sido realizada em 2009, até hoje é possível ver a mudança promovida pelas ações de educação ambiental. A transformação não foi apenas de comportamento, mas no cardápio dos alunos.

“Os estudantes construíram um viveiro e cultivaram hortaliças, que agora são usadas na cozinha da escola. As verduras servem para compor o cardápio alimentar. A escola se identificou com a causa porque atendeu às necessidades dela”, observou.

Segundo Lima, a participação dos estudantes foi satisfatória, pois houve uma mudança na forma de lidar com o meio ambiente. Eles aprenderam a ter mais respeito e cuidado com meio ambiente local.

O professor destacou a importância da Fundação ao incentivar a descoberta de novos talentos para ciência. Ele disse que a iniciativa é um investimento no futuro. ”Precisamos formar cientistas para ajudar a desenvolver o país. Em uma região como a nossa é necessário ter mão-de-obra especializada para conhecê-la mais a fundo”, frisou.  

 

Kelly Melo e Luís Mansuêto- Agência Fapeam
Fotos: Ricardo Oliveira/ Agência Fapeam

 

 

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