Pesquisadores discutem projeto do Pronex em Workshop
18/08/2010 – A equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que atua na região amazônica, está produzindo mapas dos tipos de florestas alagáveis e fazendo um inventário com as características de todas as espécies de árvores e herbáceas nos diferentes tipos florestais em relação à inundação.
O estudo, que conta com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com apoio da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), também prevê um levantamento sobre as formas de uso das madeiras exploradas comercialmente no Amazonas, dos produtos não-madeireiros e das espécies potencialmente exploráveis, visando promover em cada região o aumento do rendimento econômico dessas espécies por meio do seu uso sustentável a longo prazo.
O andamento e os resultados desse projeto de pesquisa, intitulado: “Caracterização, Classificação e Avaliação do Potencial de Uso com Base para uma Política de Manejo Sustentável das Áreas Úmidas do Estado do Amazonas”, desenvolvido no âmbito do Programa de Apoio ao Núcleo de Excelência (Pronex/MCT/CNPq/Fapeam), serão tema do Workshop realizado de 19 a 21 de agosto, no auditório da Biblioteca do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa).
O II Workshop – Pronex, contará, na solenidade de abertura, com o pesquisador Wolfang J. Junk, do Grupo de Monitoramento de Áreas Úmidas Amazônicas (MAUA). Ele apresentará a palestra “As tipologias alagáveis como base para o uso sustentável das áreas úmidas”, no auditório de Biologia de Água Doce e Pesca Interior (BADPI), às 17h, do dia 19.
Para a coordenadora no Amazonas do “Pronex Tipologias Alagáveis”, Maria Teresa Fernandez Piedade, o projeto é ambicioso, pois propõe analisar as calhas dos rios Amazonas, Solimões, Negro, Madeira e Purus (estes dois últimos por serem os focos atuais de migração) e estabelecer uma classificação e formas de manejo e proteção para as áreas alagáveis.
Financiamento
Financiado pela FAPEAM com recursos na ordem de R$ 450 mil, Maria Piedade acredita na maximização desses recursos junto ao projeto , que irá pontuar a adequação de manejo nesses ambientes vitais para a Amazônia , em particular, para o Amazonas.
Segundo dados do programa, as áreas úmidas na Amazônia correspondem 25%, e não existem levantamentos detalhados sobre as áreas de várzea, alagados de campo e pântanos, dentre outras áreas distintas.
“Há a necessidade da classificação dessas áreas em razão da grande extensão que ocupam e de sua multiplicidade de características e funções, pois a população rural do Estado concentra cerca de 80% da atividade econômica, onde a prática das atividades como a pesca, agricultura, pecuária e silvicultura são essenciais para sobrevivência das populações”, explicou Maria Piedade.
A coordenadora informou que as inscrições para o dia 20 deverão ser realizadas por meio do e-mail pronex.matheus@gmail.com
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Foto: Área de vázea (Divulgação)
Sebastião Alves – Agência Fapeam