2º Scratch Day em Manaus reúne mais de 600 pessoas
Atividade abrange uma grande comunidade on-line, sendo destinada a estimular crianças, jovens e adultos a se inserir no mundo da programação
Experiências científicas, gincanas e muita tecnologia marcaram o 2º Scratch Day, realizado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no último sábado (26). O evento mundial reuniu pessoas para celebrar o Scratch, uma plataforma de codificação gratuita desenvolvida pelo grupo de pesquisa Lifelong Kindergarten do MIT Media Lab, nos Estados Unidos.
Mais de 600 pessoas participaram do evento em Manaus. A plataforma abrange uma grande comunidade on-line, sendo destinada a estimular crianças, jovens e adultos a se inserir no mundo da programação.

No evento, participaram projetos como a Casa da Física, o Show da Química e o Clube de Astronomia, todos do Instituto de Ciências Exatas (ICE); o projeto Cunhantã Digital, do Instituto de Computação (IComp); e o Planetário do projeto Sesc Ciência, do Serviço Social do Comércio (Sesc)
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) também apoiou a iniciativa e disponibilizou 15 computadores que auxiliaram nas atividades interativas.
Para o diretor técnico-científico da Fapeam, Dércio Reis, iniciativas como essas são importantes, principalmente, por inserir alunos do ensino fundamental e médio no ambiente da universidade. Reis disse ainda que a Fapeam sempre estará incentivando a integração entre graduação e educação básica para fortalecer a interação e despertar nos alunos dos ensinos fundamental e médio o interesse pelo conhecimento e a pesquisa científica.
“Esse é um ambiente que os alunos da educação básica logo estarão fazendo parte, por isso quando existe essa aproximação, desde cedo, com a universidade aumenta a possibilidade da escolha correta da área a se seguir e também de despertar o interesse científico nos estudantes”, ressaltou.

Marisa Cavalcante disse que o Scratch ajuda a criar massa crítica e alunos com interesse nas áreas de Exata e de TI (Tecnologia da Informação)
A coordenadora do Scrath na Ufam, Marisa Cavalcante, explicou que o projeto é uma linguagem simples, em expansão há 11 anos. A plataforma funciona como se fosse um quebra-cabeça, mas com uma estrutura lógica, que permite desenvolver, por exemplo, tipos de animação ou história. Ela disse que o pensamento computacional e a lógica de programação não podem ser vistos como algo específico da área de Exatas e enfatizou que é preciso integrar a programação com tudo que se faz, pois todas as áreas são permeadas pela tecnologia.
“Se pretendemos fazer com que o país se desenvolva e esteja em pé de igualdade com outros países, temos que criar massa crítica e alunos com interesse nas áreas de Exata e de TI (Tecnologia da Informação). A internet está em expansão, vivemos a revolução 4.0, em que as máquinas estão cada vez mais tomando o nosso lugar. Atualmente, na indústria as atividades repetitivas estão sendo substituídas por robôs. Novas profissões surgirão conforme a necessidade, mas certamente todas elas precisarão de pessoas com capacidade criativa, que trabalhem em equipe e sejam apaixonadas pelo o que fazem”, detalhou.
Experiências Científicas
As experiências científicas chamaram a atenção dos visitantes. No evento, participaram projetos como a Casa da Física, o Show da Química e o Clube de Astronomia, todos do Instituto de Ciências Exatas (ICE); o projeto Cunhantã Digital, do Instituto de Computação (IComp); e o Planetário do projeto Sesc Ciência, do Serviço Social do Comércio (Sesc). A proposta é integrativa e interativa, para além da mera exposição de trabalhos.
Atenta nas atividades do evento, a estudante Ana Gabriela Carneiro, 3° ano do ensino fundamental, tocou piano de uma forma diferente por meio do computador. O instrumento musical na versão digital chamou atenção da aluna.
“O piano é um instrumento musical que gosto muito, achei muito divertido poder tocá-lo pelo computador”, disse.

Graduanda do 3° período de Química, Flávia Almeida, mostrou durante o evento alguns experimentos científicos relacionados à área
Graduanda do 3° período de Química, Flávia Almeida, mostrou durante o evento alguns experimentos científicos relacionados à área. Para ela poder explicar a disciplina numa linguagem simples aos alunos, dos ensinos fundamental e médio, é gratificante, sobretudo por contribuir para despertar neles a curiosidade e o interesse pelo mundo da ciência.
“Por meio do experimento, eu consigo explicar um pouco sobre química, uma disciplina que na maioria das vezes é considerada difícil pelo público juvenil, mas de uma forma lúdica e divertida, que chama atenção deles”, contou.
O estudante Jorge Varela, da 7ª série do ensino fundamental, ficou impressionado com as experiências expostas durante o evento. Para ele, o evento faz a ponte dos assuntos abordados na sala de aula com a prática por meio dos experimentos científicos apresentados.
Já o estudante Lucas Roberto Amaral, 8° ano do ensino fundamental, disse que os alunos de graduação levaram muita criatividade para o evento. Segundo ele, foi uma forma de aprender, brincando.
“Achei muito divertido o evento. É uma experiência nova, ainda não tinha participado de nenhum evento igual a esse”, disse.
Departamento de Difusão do Conhecimento – Decon