Instituto Mamirauá é finalista em prêmio mundial de conservação em manejo de pirarucus


Ingomar Lochschmidt, consul comercial-da-Austria para o Brasil e Ruiter Braga da equipe do Programa-Manejo de Pesca do Instituto Mamirauá. Foto: Amanda Lelis

Ingomar Lochschmidt, consul comercial-da-Austria para o Brasil e Ruiter Braga da equipe do Programa-Manejo de Pesca do Instituto Mamirauá. Foto: Amanda Lelis

O Instituto Mamirauá é finalista do prêmio Energy Globe Award – na categoria terra, em reconhecimento à assessoria técnica ao manejo de pirarucus. A cerimônia para entrega do certificado de reconhecimento aconteceu ontem, 1º de junho, na sede do Instituto Mamirauá, em Tefé (AM). O prêmio é organizado anualmente pela Energy Globe Foundation, instituição com sede na Áustria, para contemplar as melhores iniciativas sustentáveis de conservação no mundo.

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Segundo Ana Cláudia Torres, coordenadora do Programa de Manejo de Pesca do Instituto Mamirauá, o reconhecimento no Brasil fortalece o trabalho da instituição, que é uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI): “Um reconhecimento dessa importância contribui para mostrar o empenho que a nossa instituição tem tido para levar adiante esses projetos de manejo. Então, o prêmio representa a concretização de um trabalho que se consolida mais a cada ano”. A seleção na etapa nacional credencia o Instituto Mamirauá para participar da etapa mundial.

Na opinião de Ingomar Lochschmidt, cônsul comercial da Áustria para o Brasil, a premiação visa reconhecer um trabalho de conservação de longo prazo: “Assim como o Brasil, a Áustria é um país de natureza exuberante. Lá conseguimos reverter o ciclo de degradação ambiental e hoje somos um dos países que mais se preocupam com a preservação do meio ambiente.”

A pesca de pirarucu foi proibida no Estado do Amazonas em 1996. A partir do ano seguinte, o Instituto Mamirauá iniciou as primeiras pesquisas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá para implementar uma prática sustentável de manejo, o que ocorreu em 1998. Um ano depois, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) aprovou o primeiro projeto de manejo comunitário da espécie. Para Ana Cláudia, essa história sólida do manejo é o que a credenciou a receber a honraria: “Isso demonstra que uma instituição não se deu por vencida ao saber das necessidades das comunidades que vivem em unidades de conservação, possibilitando que elas utilizem o recurso de forma ordenada”.

A iniciativa exitosa, segundo os pescadores, é a metodologia de trabalho desenvolvida pelo Instituto Mamirauá, que tem o financiamento do MCTI. “Eles começaram a valorizar isso: o conhecimento tradicional. Iniciando lá atrás, quando foram, por exemplo, iniciar a contagem do pirarucu. Eles acreditaram que os pescadores poderiam fazer isso. Esse conhecimento tradicional e o científico se aliaram e deu certo. O Instituto Mamirauá tem acreditado, tem apostado nisso”, assegura Raimundo de Oliveira Queiroz, presidente da Colônia de Pescadores do município de Alvarães.

Sobre o Energy Globe Award

Com mais de 160 países participantes e mais de mil inscrições de projetos por ano, o Energy Globe Award distingue projetos regionais, nacionais e globais que preservem os recursos como a energia ou utilizem fontes renováveis ou fontes isentas de emissões de gases do efeito estufa. As cerimônias de entrega de prêmios são realizadas por todo o mundo. O objetivo do Energy Globe é aumentar mundialmente a conscientização em soluções ambientais sustentáveis e de fácil aplicação e de motivar as pessoas para se tornarem mais ativas em suas áreas.

Fonte:  Assessoria de Comunicação do Instituto Mamirauá, por Eunice Venturi

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