Educação ambiental muda cotidiano de alunos da rede pública


Motivação. Esta é a palavra ideal para definir o sentimento que os alunos das escolas da rede pública do Amazonas adquirem ao ter a possibilidade de conhecer e fazer ciência de perto e no dia-a-dia.

Quem confirma isso é a estudante Sheila Monteiro, que, com mais quatro colegas da escola da Escola Estadual Libertador Simon Bolivar, participou do projeto “Educação Ambiental, da teoria à prática”, coordenado pela professora Elza Souza. O projeto consistiu em verificar, por meio de pesquisas, como a comunidade se comporta em relação ao meio ambiente.

“Mudei o modo de pensar em relação ao meio ambiente. Adquiri postura ética e melhorei até a maneira de me expressar em público”, disse Monteiro, aluna da 9ª série, sobre sua experiência com o Programa Ciência na Escola (PCE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).

Após as pesquisas, que duraram cerca de seis meses, o grupo constatou que a comunidade desconhece assuntos como coleta seletiva, reciclagem e atividades afins. Com os resultados, a escola promoveu palestras, mostras e trabalhos de reciclagem para engajar a comunidade e a instituição na questão ambiental.

De acordo com a professora Elza Souza, a pesquisa constatou a preocupação do educador, educando e de toda a comunidade perante a necessidade de formar cidadãos conscientes da degradação ambiental e engajados na mudança do quadro observado. “O nosso desejo é que a pesquisa seja um incentivo para a revisão de valores, de atitudes e o respeito à diversidade”.

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style=width:Souza também chamou atenção para o fato de que a introdução do aspecto socioambiental no processo educativo vem ocorrendo de várias formas, seja pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), projetos de órgãos ambientais, organizações não-governamentais (ONGs), seja por iniciativas individuais de educadores. “Mas ainda não conseguiu romper certas barreiras que envolvem as relações entre a sociedade e a natureza”, disse.

A pesquisa interdisciplinar envolveu três alunos do 8º ano e dois do 9º ano, que vão expor o trabalho durante a Mostra Pública do PCE programada para acontecer nos próximos dias 10 e 11 de março, na Arena Amadeu Teixeira, bairro Alvorada em Manaus. Na ocasião, a escola apresentará um banner para abordar todos os procedimentos do projeto, além de uma exposição na qual os alunos vão contar suas experiências.

Segundo a professora, iniciativas como a da Fapeam, em oferecer programas que incentivem o desenvolvimento de pesquisas científicas na escola, são uma fonte de motivação para a transformação social.

“O projeto influenciou de maneira extremamente positiva os hábitos dos participantes. Hoje, os alunos são colaboradores diários da escola, inclusive três, dos cinco bolsistas, são membros do grêmio estudantil”, ressaltou.

O estudante e bolsista Emerson Trindade também é um exemplo desse resultado. “Adquiri novos valores, envolvi-me com as questões da escola e já sou até membro do grêmio estudantil”, enfatizou. Já para o bolsista João Batista, a experiência foi um marco em sua vida. “Foi uma experiência importante, pois me envolvi mais com os problemas que enfrentamos na vida escolar, mudei meu modo de pensar e agora tenho mais consciência ambiental”, finalizou.

(Ao participar do PCE estudantes ampliam horizontes – Foto: Divulgação)

Kelly Melo e Carlos Fábio Guimarães – Agência Fapeam

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