Estudo sobre percepção da Amazônia entre crianças e adolescente será apresentado na Espanha


10/05/2013 – Crianças e adolescentes de quatro localidades brasileiras responderam como compreendem a floresta Amazônica. O objetivo era identificar oportunidades e práticas conceituais sobre o tema a partir do grupo. O estudo faz parte da pesquisa ‘Bases Cognitivas do Comportamento Ecológico’, da doutora em Antropologia Social e pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Maria Inês Gasparetto Higuchi. O trabalho ganhará notoriedade internacional, em junho, quando será apresentado no International Network Symposium 2013, na Espanha.

Siga a FAPEAM no Twitter e acompanhe também no Facebook

O estudo está inserido na lista de outros seis trabalhos contemplados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) por meio do Programa de Apoio à Participação em Eventos Científicos e Tecnológicos (Pape). Todos os profissionais foram beneficiados com passagens aéreas e apresentarão seus trabalhos em encontros que acontecerão no próximo mês em outros estados brasileiros e fora o País.

A pesquisa identificou as fases do conhecimento sobre a floresta pela ótica de crianças e adolescentes. "Escolhi este grupo, pois os adultos têm opiniões mais robustas do que é a floresta e o que representa", disse.

Os entrevistados residem em Manaus, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uatumã, no Distrito Federal e em Goiânia. Higuchi detalhou que foram coletadas respostas de alunos da rede particular e pública de ensino.

O resultado obtido foi identificado em cinco níveis que vão desde o grupo que define a floresta como um lugar de contos de fadas a uma área cobiçada pelo valor cultural e ecológico, intrínseco à questão sociopolítica brasileira. “O ponto mais curioso é que quem reside mais perto da floresta tem um conhecimento menos elaborado da complexidade do ambiente. Entretanto, ainda não temos como justificar tal fato”, acrescentou a pesquisadora.

A antropóloga ponderou que não se pode afirmar que quem reside perto da floresta tem menor conhecimento sobre o ambiente. Segundo Higuchi, uma hipótese é que alguns entrevistados têm a floresta como fonte de recursos de sobrevivência e isso pode dar ao ambiente um sentido mais simplificado quanto a sua real importância. "Por outro lado, parte dos entrevistados têm uma opinião realista sobre o valor da floresta mesmo não tendo vivência na região", disse.

Simpósio

De acordo com Higuchi, o Simpósio internacional terá início dia 26 e trata-se do encontro de pessoas que integram uma associação internacional que discute a relação humana com o meio ambiente. Entre os pesquisadores estão psicólogos, engenheiros, arquitetos, biólogos, entre outros. No total, são cerca de 400 especialistas, sendo 15 brasileiros.

Sobre o Pape

O Programa apoia, com passagens aéreas, pesquisadores e estudantes de graduação ou pós-graduação, para apresentarem trabalhos em eventos científicos e tecnológicos nacionais e internacionais. O Pape conta com recurso oriundos do Governos do Estado do Amazonas.

Renata Magnenti – Agência FAPEAM

Mais notícias >>

Deixe um novo comentário

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *