Fapeam apresenta investimentos em inovação

Em apresentação no I Workshop de Inovação do Amazonas (InovAmazonas: 2009), realizada na manhã de terça-feira (22/9) no Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), em Manaus, o diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Odenildo Sena, falou sobre os investimentos já realizados pela FAP do Amazonas para incentivar a inovação tecnológica no setor produtivo.

Sena destacou os programas de estímulo à inovação e os resultados já obtidos pela Fapeam com a formação de pessoal, item que aparece como um dos maiores desafios do Estado do Amazonas para a superação das desigualdades regionais. Conforme ele, a Fapeam já investiu na formação de 326 doutores e 828 mestres.

“As carências são grandes, mas começamos a verticalizar as ações”, salientou o diretor presidente da Fapeam.  

Sobre inovação nas empresas, ele citou como exemplo os programas Amazonas de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Micro e Pequenas Empresas na Modalidade Subvenção Econômica (Pappe Subvenção Finep Amazonas) e Integrado de Pesquisa Científica e Tecnológica (PIPT), além do C&T Amazonas Verde.

O Pappe Subvenção, por exemplo, recebeu aporte de R$ 6 milhões, sendo R$ 2 milhões da própria FAP e parceiros e R$ 4 milhões do governo federal.

Há ainda a RedeBio, programa surgido por iniciativa da Fapeam que envolve recursos, competências e infraestrutura instalada dos estados do Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Maranhão e Tocantins. Os investimentos da RedeBio para a geração de inovação no setor de biocosméticos da região são da ordem de R$ 7 milhões, o qual é dobrado por meio da suplementação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), totalizando R$ 14 milhões.

“A contribuição do governo federal é pouca, minguada, face às décadas de privilégios para o Sul e Sudeste. É preciso motivar o governo para ações verticais”, afirmou, acrescentando que hoje a Fapeam tem a primeira patente de um forno ecológico. A pesquisa foi desenvolvida pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e recebeu investimento de R$ 55 mil.

O I Workshop de Inovação do Amazonas (InovAmazonas: 2009) acontece terça-feira (22/09) e quarta-feira (23/09), de 8h às 18h, no Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), com promoção da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Amazonas (Sect-AM), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), e apoio da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi), do Instituto Nokia de Tecnologia (INdT), do Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (CIDE) e da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).

Ação política

Na abertura do evento, o secretário interino de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas, Marcílio de Freitas, destacou que os investimentos em ciência e tecnologia no Estado do Amazonas representam uma ação política, lembrando que antes do Governo de Eduardo Braga os investimentos no setor eram zero.

“Com Braga, até hoje, já foram investidos mais de R$ 1 bilhão no setor. Temos, por exemplo, o sistema estadual de C&T, que é formado pela Sect, Fapeam, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam). Sabemos o que queremos e onde pretendemos chegar”, observou.

Durante o encontro, o diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Aldemurpe Oliveira de Barros, ressaltou as discussões realizadas no âmbito da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ele informou que há uma agenda sendo debatida sobre inovação na indústria. Os desdobramentos serão colocados em um manifesto que será entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Barros, o modelo atual de desenvolvimento do Estado tem uma grande participação do PIM. Ele ressaltou que é preciso promover a interiorização da ciência para sair da total dependência desse modelo econômico estabelecido em Manaus.

“A UEA e a Ufam têm sido atores importantes desse processo, pois estão interiorizando a ciência no Estado. Dessa forma, será possível garantir o futuro do Amazonas. Não podemos depender apenas de um único modelo. A inovação não está restrita aos mestres e doutores, mas as pessoas que criam e colocam a mão na massa no cotidiano”, avisou.

Luís Mansuêto – Agência Fapeam

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