Fapeam e CNPq investiram R$ 13,9 milhões em pesquisas no AM
Teve início ontem (24) o Seminário de Avaliação dos programas Primeiros Projetos (PPP), Desenvolvimento Científico Regional (DCR), Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex) e Iniciação Científica Júnior (Pibic Jr)
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) investiram R$ 13,9 milhões em programas científicos, em especial, com foco na formação e fixação de recursos humanos qualificados em instituições de ensino e pesquisa do Estado.
De 2003 a 2009, os investimentos foram aplicados nos programas de Apoio a Núcleos de Excelência em Ciência, Tecnologia e Inovação (Pronex), que recebeu R$ 3,2 milhões; Primeiros Projetos – Seleção Pública de Projetos de Infra-Estrutura para Jovens Pesquisadores (PPP), com R$ R$ 2,1 milhões; Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Júnior (Pibic Jr), com R$ 1,4 milhão; e o de Desenvolvimento Científico Regional (DCR) – Amazonas, com R$ 7,2 milhões.
A partir de hoje, estendendo-se até a sexta-feira (27), os resultados dos programas serão apresentados durante o Seminário de Avaliação de Programas e Mostra Interdisciplinar de Projetos, que acontece no Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz), em Manaus (AM). A abertura do evento ocorreu ontem à tarde, no auditório da Reitoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Para o diretor-presidente da Fapeam, Odenildo Sena, o seminário é destinado a apresentar à sociedade os resultados dos investimentos aplicados em pesquisas realizadas no Amazonas. “Por isso, é importante que cada vez mais pessoas distantes da comunidade científica participem das atividades”, avalia ele, ressaltando que o evento é aberto ao público.
A expectativa é compartilhada com representantes do CNPq. “A Fapeam é uma das FAPs mais organizadas que existem. Percebemos que as pesquisas aqui realizadas estão muito focadas em contribuir para resolver os problemas locais”, avalia Carlos Alberto Pitalluga Niederauer, coordenador geral de Cooperação Nacional da instituição.
Maria do Rosário Lobato Rodrigues, chefe-geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), lembrou que programas, como o de fixação de doutores, podem contribuir para ampliar e renovar o quadro de pesquisadores do Estado.
“O DCR é um programa muito incentivador e importante para que tenhamos condições de enfrentar os enormes desafios que existem no Amazonas. No caso da Embrapa, nossa expectativa é que os doutores bolsistas sejam incorporados à instituição por meio de concurso público, previsto para ocorrer ainda neste ano na instituição”, afirma.
Durante o seminário, os projetos serão avaliados por 10 consultores ad hoc de instituições de ensino e pesquisa de outros Estados, e 12 de instituições locais. “Na área da Saúde, por exemplo, é muito evidente o crescimento das pesquisas interessadas em encontrar soluções para os problemas endêmicos da região”, avalia Carlos Brandt, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
O pesquisador Sylvain Desmouliére, bolsista DCR com projeto desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), ressalta a importância de se compartilhar com os colegas de programa e com a sociedade os resultados do estudo, bem como as dificuldades enfrentadas nesta jornada. “É muito bom participar dessa vontade de construir novos conhecimentos”, disse.
Michelle Portela – Agência Fapeam