Conexões Científicas Brasil-China são debatidas em workshop da Iniciativa Amazônia +10
Com o objetivo de estabelecer conexões em áreas temáticas de pesquisa sobre a Amazônia, o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), a Iniciativa Amazônia+10 e a Natural Science Foundation of China (NSFC) realizam nos dias 9 e 10 de abril, o Workshop Conexões Científicas Brasil-China, em Belém (PA).
Durante o encontro, que acontece no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá, pesquisadores dos dois países apresentam seus estudos às agências financiadoras estaduais brasileiras e à NSFC para discutir possíveis cooperações técnicas e financeiras.
A cerimônia de abertura contou com a presença de Lan Yujie, vice-presidente da NSFC, de representantes das principais instituições de fomento à pesquisa do Brasil, entre as quais, o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
Na abertura do evento, o vice-presidente da NSFC, Lan Yujie, falou sobre a atuação da agência chinesa de financiamento à pesquisa e reforçou a importância do encontro com os pesquisadores brasileiros e com as agências estaduais de fomento à pesquisa.
Para a diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales Mendes Silva, a Iniciativa Amazônia+10 é um exemplo de programa exitoso para o avanço das cooperações internacionais.
“Este encontro reforça o papel da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) para a Amazônia, especialmente por meio do Programa Iniciativa Amazônia +10, que integra regiões do Brasil ẹ parceiros internacionais. A iniciativa, em sua segunda edição, ampliou redes colaborativas com o apoio do CNPq e de outros países, destacando-se como modelo de convergência científica para soluções sustentáveis”, reforçou Márcia Perales.
Para o secretário executivo da Iniciativa Amazônia +10, Rafael Andery, o Workshop Conexões Científicas Brasil-China é muito importante para a Amazônia , especialmente porque a produção chinesa sobre a Amazônia vem crescendo exponencialmente.
“Apesar dessa produção exponencial nos últimos anos, o nível de colaboração com o Brasil ainda é muito baixo. Então, esse movimento de aproximação tem que ser incentivado, porque existem muitas sinergias muitos pontos em comum, entre os pesquisadores daqui e os de lá”, destacou Rafael Andery.
Entre os pesquisadores, a expectativa de que o encontro pode trazer bons frutos de parceria é grande, é o que compartilha Pritesh Lalwani, cientista do Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazonas), que tem projeto aprovado pela Fapeam, no âmbito do Programa Iniciativa Amazonia +10.
“Esse workshop nos possibilita duas coisas muito importantes: conhecer os pesquisadores e conhecer as ferramentas complementares que eles usam que podem nos ajudar nos nossos estudos, especialmente, agora com o uso da inteligência artificial. Além disso, a China é o terceiro país que mais publica sobre a Amazônia”, comentou Pritesh Lawani.
O evento encerra nesta quinta-feira e contou com a apresentação de 50 pesquisadores entre chineses e brasileiros.
Por: Marlúcia Seixas/ Decon Fapeam
Foto: Decon Fapeam