Secretarias prometem dobrar participação de estudantes no PCE

Coordenadores da Semed e Seduc fazem avaliação positiva do programa

Desde criança ouvimos que o Brasil é o país do futuro e que os jovens de hoje contribuirão para o desenvolvimento da nação no amanhã. Entretanto, no Amazonas, isto já é uma realidade por meio do Programa Ciência na Escola (PCE) que está ajudando a formar os futuros cientistas amazônidas. É o que garante o coordenador do programa pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Eriberto Façanha.

O Seminário de Avaliação Final do Programa teve início ontem (16), no auditório Eulálio Chaves, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Hoje (17) e amanhã (18), serão realizadas as apresentações orais dos estudantes, além de apresentação de pôsteres e banneres. O PCE é uma parceria entre as Secretarias de Educação do Estado (Seduc) e Município (Semed), Ciência e Tecnologia (Sect) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que visa despertar a vocação científica em estudantes de ensino médio e fundamental.   

Segundo Façanha, hoje, a Seduc executa 46 projetos elaborados pelos estudantes do ensino médio e fundamental. Ao todo, são atendidos cerca de 340 pessoas, entre alunos, professores e pessoal de apoio técnico. “Esperamos, no próximo ano, dobrar o número de projetos aprovados pelo Programa Ciência na Escola”, salientou.

Os números não serão difíceis de serem alcançados, segundo Façanha, uma vez que a participação dos alunos no programa foi satisfatória. Para isso, foram realizadas atividades como, por exemplo, oficinas, seminários e palestras com os estudantes e professores. “Eles – os alunos, estão realmente desenvolvendo ciência na escola”, comemorou.

Para o professor, o comprometimento dos alunos é visível na qualidade dos trabalhos apresentados durante o PCE, o rendimento em sala de aula, bem como na relação bolsistas/professores. Outro ponto positivo destacado foi que os alunos que não participaram efetivamente foram motivados a apresentarem projetos na 3ª edição do programa, que já foi lançada semana passada. “Houve a mobilização de toda a comunidade para o desenvolvimento dos projetos”, salientou.

De acordo com Façanha, o destaque do PCE foi a Escola Estadual Professor Djalma da Cunha Batista, que apresentou sozinha 15 projetos, cerca de 50% das pesquisas apresentadas, e que teve presença ativa dos professores e do coordenador Orlando Moura nas atividades. Ele disse que a escola trabalhou temáticas como remanescentes quilombolas, matemática no cotidiano, educação física como qualidade de vida etc. 

Mas não são somente as escolas da área urbana de Manaus que serão beneficiadas com o PCE. Façanha explicou que, em 2009, está previsto recursos da ordem de R$ 1,5 milhão, o qual será utilizado para mobilização do programa em dez escolas do interior, por exemplo, Parintins, Manacapuru, Eirunepé e Manicoré. “Hoje, apenas dois municípios são beneficiados: Rio Preto da Eva e Itacoatiara. Queremos levar a ciência para o restante do interior do Estado”, ressaltou.

O mesmo caminho também está sendo seguido pela Secretaria Municipal de Educação (Semed). É o que ressalta a coordenadora do programa, Socorro Freitas Gonçalves. Ela afirmou que a Semed atende três escolas rurais: a Manoel Ribeiro, a Solange Nascimento e a escola São João, que reúne moradores ribeirinhos, que não deixam nada a desejar em relação às da capital. “Por meio da parceria com a Seduc, temos feito oficinas com os alunos e professores a fim de fortalecer o PCE”, disse.

Segundo Gonçalves, a meta para o próximo ano é dobrar o número de projetos aprovados pelo PCE de 30 para 70.  Ela ressaltou que, hoje, 17 escolas da Semed participam do programa, as quais trabalham temas como reciclagem de lixo, uso de multimídias, malária, leishmaniose, construção e recuperação de orquidário.

“É uma parceria inédita entre a Semed, Seduc, Sect e Fapeam, para levar ciência e tecnologia a jovens e adolescentes, além de oportunizar o envolvimento dos alunos no mundo científico”, enfatizou.  

Luís Mansuêto – Agência Fapeam

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