Investimento em laboratórios: uma vitória da Fapeam


Com o programa de Infra-estrutura, a entidade demanda o montante de R$ 22 milhões, que já beneficia uma gama de instituições de pesquisa e ensino do Amazonas

 

O desenvolvimento da pesquisa científica e a produção de novos conhecimentos sobre determinada região dependem de vários fatores que vão desde o investimento na iniciação científica até a fixação de doutores na localidade. Mas fomentar a produção científica não se limita ao investimento em recursos humanos. É vital que os pesquisadores tenham acesso a laboratórios, equipamentos e materiais necessários para o desenvolvimento de seus trabalhos.

Pensando nisso, em 2004, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) lançou o Programa de Infra-Estrutura para o Desenvolvimento de C&T no Amazonas, com objetivo de fornecer melhorias e modernizar a estrutura dos grupos de pesquisa e programas de pós-graduação do estado.

Quatro anos depois, os resultados dessas ações começam a ser percebidos. Um caso de destaque são as melhorias efetivadas nos laboratórios do Programa de Mestrado em Biotecnologia e Recursos Naturais da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

O projeto de infra-estrutura para consolidação do curso de pós-graduação contou com um investimento total de quase R$ 500.000 mil alocados na compra e instalação de equipamentos e computadores e no aprimoramento da infra-estrutura tecnológica do mestrado.    

O coordenador do curso, Ademir Castro e Silva, explica que a inauguração do Laboratório de Bioorgânica faz parte de um processo de reestruturação maior. “Estamos passando por uma renovação da estrutura do Mestrado. Parte dos recursos dessa melhoria veio da Fapeam e vem sendo utilizados na renovação de equipamentos para todos os laboratórios do Mestrado”, declara.

Para Silva a atuação a Fapeam tem um papel importantíssimo no Mestrado em Biotecnologia por atender uma grande demanda de grupos de pesquisa ainda emergentes, como o que ele coordena. “Anteriormente, grupos de pesquisa inexperientes tinham grandes dificuldades em conseguir recursos e financiamento, pois grande parte desses recursos ia para grupos de pesquisa já consolidados de outras regiões do País”, destaca.

O coordenador acredita que os alunos da pós-graduação teriam mais dificuldades em finalizar suas pesquisas acadêmicas sem as bolsas de pesquisa concedidas pela fundação. Quanto à reforma dos laboratórios, Silva afirma que não há previsão de nenhum novo laboratório, mas que os já existentes estão sendo modificados com auxílio técnico da Secretaria de Estado de Infra-estrutura (Seinf).

Para o diretor-presidente da Fapeam, Odenildo Sena, o Programa Infra-estrutura foi uma ousadia imensa, por ter um investimento de R$ 22 milhões e ter sido lançado ainda no segundo ano de existência da Fap. “A implementação desses projetos é demorada pela natureza do programa, que demanda obras e aquisição de equipamentos modernos”, explica o diretor.

Sena afirma que parte dos resultados do programa, lançado em 2004, só começará a ser sentida nos próximos meses, quando mais projetos estiverem próximos da conclusão. “Quem sai ganhando é a ciência no Amazonas”, assegura ele.   

Além da UEA, outras instituições também são beneficiadas com os recursos do Infra. Entre elas, a Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT-AM), a Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre outros.

Hemanuel Jhosé – Agência Fapeam

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