PET Comunicação lança site e debate divulgação de C&T
O lançamento do site do Programa de Educação Tutorial do curso de Comunicação da Universidade Federal do Amazonas (Petcom/Ufam) – o mais antigo PET da Ufam – reuniu profissionais de comunicação, alunos e professores dos cursos de Jornalismo e Engenharia Florestal, na tarde desta quinta-feira, no Auditório Rio Negro do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL).
O evento, marcado por forte emoção durante a abertura, exibiu um vídeo produzido por alunos do Programa em homenagem ao professor e tutor do PET de Engenharia Florestal, Valmir de Oliveira, falecido num trágico acidente de ônibus na AM-10 (Manaus-Itacoatiara), na quinta-feira passada. “Eu não acredito no dito popular de que todas as pessoas são substituíveis; o professor Valmir é um desses homens insubstituíveis; a ausência dele sempre será sentida no curso de Engenharia Florestal”, asseverou Regina Marinho, secretária geral dos Programas de Educação Tutorial.
A página eletrônica – um sonho antigo de professores e alunos do Programa, foi apresentada pelo acadêmico de design Dênis Solano. No desenvolvimento do layout houve a preocupação técnica de harmonizar cores com os espaços de difusão científica. “Trabalhamos com o azul e o vermelho em composição com o branco e criamos mecanismos que vão permitir aos alunos atualizar rapidamente a página com artigos e notícias sobre resultados de pesquisas”, explicou.
“A divulgação científica na Internet” – tema do seminário proposto para o evento – colocou em debate Renan Albuquerque Rodrigues, editor do caderno de Meio Ambiente do jornal Amazonas em Tempo, a professora-mestre do curso de Comunicação Social da Ufam, Ivânia Vieira, e Gláucia Chair, gerente de jornalismo do Portal Amazônia. A coordenação da mesa de debates ficou com a professora-mestre do curso de Comunicação, Elizabeth Cavalcante.
Renan Albuquerque lembrou que o jornalista focado em temas científicos necessita se familiarizar com os métodos e técnicas freqüentemente empregados no fazer científico, bem com as terminologias próprias que fazem toda a diferença no entendimento e na reprodução do conteúdo que se deseja difundir. Acentuou, ainda, alguns cuidados imprescindíveis na hora de avaliar informações. “Temos que ser muito cautelosos em relação a estatísticas, por exemplo. Muitos softwares que interpretam estatísticas permitem a manipulação dos números. Então é preciso pensar até que ponto esses números serão tomados como critério para avaliar o que é mais importante na matéria”.
Para a gerente de jornalismo do Portal Amazônia, Gláucia Chair, no âmbito do Jornalismo na Internet há sempre que se considerar a diferença entre um veículo comercial e outros sem fins lucrativos. O texto num veículo comercial, para Gláucia, continua sendo o maior atrativo, ou, ao contrário, o grande motivo de rejeição do internauta a um conteúdo. “É preciso que o texto seja mais curto, mais objetivo e que apresente, de imediato, resultados, a fim de prender a atenção de um internauta que não é fiel, que muda rapidamente de site quando não encontra o que lhe interessa”.
A gerente também comentou que o Portal Amazônia possui um medidor de audiência. “Sabemos, por exemplo, que os leitores do nosso espaço de ciência são do sul e sudeste do Brasil e de países da Europa e dos Estados Unidos. Podemos saber também que o conteúdo de Amazônia mais procurado no buscador Google, na semana passada, foi ‘Pará’ e que ‘Amazonas’ ficou em segundo lugar”, observou.
Para a professora Ivânia Vieira, eventos como o seminário levantam mais questionamentos e deixam reflexões do que oferecem respostas acabadas. “Ainda que sob a pressão de um mercado que, de repente, resolveu tornar imprescindível o jornalista na Internet, temos que pensar na valorização de esforços como o jornal laboratorial ‘O Repórter’, o jornal mural ‘Petiscos’, ambos do PET, e ainda o Caderno de Ciência e Tecnologia do curso de Comunicação, que são espaços para o treino democrático do jornalismo científico”.
Segundo a coordenadora da mesa, professora Elizabeth Cavalcante, o debate forneceu algumas pistas de ordem reflexiva em torno do tema do jornalismo científico tanto na Internet quanto em outros veículos. “É preciso estar atento à necessidade do contraponto ou da visão complementar, que coloca em diálogo pesquisadores de posições políticas diferentes; estar atento ao perfil do público leitor de ciência, à necessidade de socializar a informação científica e não popularizá-la e, sobretudo, à necessidade de humanizar a matéria de ciência, perguntando-se sempre a quem essa ou aquela pesquisa afeta e de que maneira”.
O site do Petcom está no ar desde novembro do ano passado e pode ser acessado pelo endereço eletrônico http://www.petcom.ufam.edu.br/.
O evento, marcado por forte emoção durante a abertura, exibiu um vídeo produzido por alunos do Programa em homenagem ao professor e tutor do PET de Engenharia Florestal, Valmir de Oliveira, falecido num trágico acidente de ônibus na AM-10 (Manaus-Itacoatiara), na quinta-feira passada. “Eu não acredito no dito popular de que todas as pessoas são substituíveis; o professor Valmir é um desses homens insubstituíveis; a ausência dele sempre será sentida no curso de Engenharia Florestal”, asseverou Regina Marinho, secretária geral dos Programas de Educação Tutorial.
A página eletrônica – um sonho antigo de professores e alunos do Programa, foi apresentada pelo acadêmico de design Dênis Solano. No desenvolvimento do layout houve a preocupação técnica de harmonizar cores com os espaços de difusão científica. “Trabalhamos com o azul e o vermelho em composição com o branco e criamos mecanismos que vão permitir aos alunos atualizar rapidamente a página com artigos e notícias sobre resultados de pesquisas”, explicou.
“A divulgação científica na Internet” – tema do seminário proposto para o evento – colocou em debate Renan Albuquerque Rodrigues, editor do caderno de Meio Ambiente do jornal Amazonas em Tempo, a professora-mestre do curso de Comunicação Social da Ufam, Ivânia Vieira, e Gláucia Chair, gerente de jornalismo do Portal Amazônia. A coordenação da mesa de debates ficou com a professora-mestre do curso de Comunicação, Elizabeth Cavalcante.
Renan Albuquerque lembrou que o jornalista focado em temas científicos necessita se familiarizar com os métodos e técnicas freqüentemente empregados no fazer científico, bem com as terminologias próprias que fazem toda a diferença no entendimento e na reprodução do conteúdo que se deseja difundir. Acentuou, ainda, alguns cuidados imprescindíveis na hora de avaliar informações. “Temos que ser muito cautelosos em relação a estatísticas, por exemplo. Muitos softwares que interpretam estatísticas permitem a manipulação dos números. Então é preciso pensar até que ponto esses números serão tomados como critério para avaliar o que é mais importante na matéria”.
Para a gerente de jornalismo do Portal Amazônia, Gláucia Chair, no âmbito do Jornalismo na Internet há sempre que se considerar a diferença entre um veículo comercial e outros sem fins lucrativos. O texto num veículo comercial, para Gláucia, continua sendo o maior atrativo, ou, ao contrário, o grande motivo de rejeição do internauta a um conteúdo. “É preciso que o texto seja mais curto, mais objetivo e que apresente, de imediato, resultados, a fim de prender a atenção de um internauta que não é fiel, que muda rapidamente de site quando não encontra o que lhe interessa”.
A gerente também comentou que o Portal Amazônia possui um medidor de audiência. “Sabemos, por exemplo, que os leitores do nosso espaço de ciência são do sul e sudeste do Brasil e de países da Europa e dos Estados Unidos. Podemos saber também que o conteúdo de Amazônia mais procurado no buscador Google, na semana passada, foi ‘Pará’ e que ‘Amazonas’ ficou em segundo lugar”, observou.
Para a professora Ivânia Vieira, eventos como o seminário levantam mais questionamentos e deixam reflexões do que oferecem respostas acabadas. “Ainda que sob a pressão de um mercado que, de repente, resolveu tornar imprescindível o jornalista na Internet, temos que pensar na valorização de esforços como o jornal laboratorial ‘O Repórter’, o jornal mural ‘Petiscos’, ambos do PET, e ainda o Caderno de Ciência e Tecnologia do curso de Comunicação, que são espaços para o treino democrático do jornalismo científico”.
Segundo a coordenadora da mesa, professora Elizabeth Cavalcante, o debate forneceu algumas pistas de ordem reflexiva em torno do tema do jornalismo científico tanto na Internet quanto em outros veículos. “É preciso estar atento à necessidade do contraponto ou da visão complementar, que coloca em diálogo pesquisadores de posições políticas diferentes; estar atento ao perfil do público leitor de ciência, à necessidade de socializar a informação científica e não popularizá-la e, sobretudo, à necessidade de humanizar a matéria de ciência, perguntando-se sempre a quem essa ou aquela pesquisa afeta e de que maneira”.
O site do Petcom está no ar desde novembro do ano passado e pode ser acessado pelo endereço eletrônico http://www.petcom.ufam.edu.br/.
Agência Fapeam
Com informações do Petcom