Meta do Conselho Superior é articular setor produtivo da pesquisa


A articulação do setor produtivo da pesquisa deve ser a principal bandeira dos novos membros do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), focada especialmente na aproximação da comunidade científica às empresas e indústrias instaladas no Amazonas. A meta, fortalecida com o caráter pluralista de composição do conselho, foi defendida pelos próprios conselheiros, empossados na manhã desta segunda-feira, no auditório da reitoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

 

O Conselho Superior é a instância deliberativa que aprova os programas e a formulação das políticas públicas para a área de C & T no Estado.  Presidido pelo secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, é composto por dez membros, entre representantes da comunidade acadêmica e científica de instituições estaduais e federais de ensino e pesquisa – escolhido por seus pares-, e representantes do governo e da sociedade civil organizada, escolhidos pelo governador do Estado.

 

Durante a solenidade de posse, José Aldemir de Oliveira, atual secretário de Ciência e Tecnologia e presidente do CS, ressaltou a importância do conselho no Sistema de C&T do Amazonas. “O conselho que nos ajudará a consolidar a instituição para transformá-la, efetivamente, em política de Estado”.  

 

O diretor-presidente da Fapeam, Odenildo Sena, disse confiar na composição do Conselho, totalmente renovada, para inovar também na formulação de políticas públicas para o setor. “Não abro mão do que fizemos até o momento, mas acredito muito na formação desse novo conselho. Teremos gestores discutindo com empresário e pesquisadores os principais de eixos de investimentos da Fapeam”, explica.

 

A idéia foi ratificada pelo membro do conselho, Luiz Carlos de Lima Ferreira, patologista da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT-AM), que falou em nome dos conselheiros durante a posse. “Precisamos traçar metas para solidificar a Fapeam, que nos últimos anos alcançou um crescimento com solidez e velocidade que não se vê em outros estados, e auxiliar no desenvolvimento do Amazonas”.

 

Outros membros do Conselho Superior compartilham desse pensamento. De acordo com o pesquisador Edleno de Moura, a idéia de aproximação entre comunidade científica e empresas e indústrias instaladas no Amazonas é bem recebida entre os membros do conselho. “Com membros ligados à indústria e ao planejamento governamental, além de pesquisadores, temos a oportunidade de discutir essa proposta de aproximação, a articulação da cadeia produtiva da pesquisa, que é fundamental para o desenvolvimento do Estado”.

 

A composição diversificada do Conselho também é apontada pela pesquisadora Maria Tereza Fernandes Piedade, do Inpa, como favorável à elaboração de políticas que contemplem as necessidades da região. “Tenho a impressão que a participação de pessoas de fora da comunidade acadêmica faz um contraponto importante no debate, favorece porque nos oferece outros olhares”.

 

O próprio governador Eduardo Braga ratificou a necessidade de investimentos em desenvolvimento científico e tecnológico para a sustentabilidade econômica da região amazônica e do Amazonas. “Temos de investir na formação e inteligência de pesquisadores brasileiros interessados em desenvolver nossa sustentabilidade”, afirmou.

Michelle Portela -Agência Fapeam
Foto: Nayr Claudia

 

 

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