Opinião: Revista da Fapeam leva ciência à sociedade

“A revista Amazonas faz Ciência tem a ver com os caminhos que nosso estado tem tomado frente aos desafios de seu desenvolvimento, por isso, a revista, que traduz resultados de pesquisas científicas e promove a difusão dessas para a população, nos inspira a dizer que, através da ciência e da tecnologia, podemos derrotar o aquecimento global e melhorar a vida do nosso povo", disse o governador Eduardo Braga, enquanto folheava a publicação da Fapeam.

 
Lançada nesta segunda-feira, durante a posse do Conselho Superior da Fapeam, no auditório da Reitoria da UEA, a sétima edição da revista apresenta uma reformulação gráfica e espaços para o leitor interagir com a Redação, como seção de cartas e curiosidades. O novo lay-out ficou sob a responsabilidade do designer Rômulo Nascimento, bolsista do Programa de Apoio à Divulgação da Ciência, o Comunicação Científica.

 
Coordenado pelo Departamento de Difusão do Conhecimento (Decon) da Fapeam, o programa Comunicação Científica consiste na concessão de bolsas para jornalistas, radialistas e designers para que elaborem produtos de divulgação do conhecimento científico produzido no Amazonas. A revista “Amazonas faz Ciência”, que antes era semestral, agora circulará a cada três meses.

 
O diretor-presidente da Fapeam, Odenildo Sena, declara que a revista tem avançado a cada edição em seu papel central, que é informar a comunidade. Para ele, o conhecimento científico é a ponte necessária e segura para o desenvolvimento da sociedade, na cidade e no interior.

 
“Mas ainda não estamos e não podemos estar satisfeitos, porque a difusão da pesquisa científica precisa ser uma busca constante”, disse Sena, acrescentando que é necessário aprimoramento permanente da capacidade de informar para “traduzir” com eficácia à sociedade, que precisa ter acesso ao conhecimento para dele se beneficiar.

 
A pesquisadora Lúcia Yuyama, coordenadora de Pesquisas do Instituto nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), disse que a revista tem uma importância ímpar na região norte. “Fundamental é fortalecer a pesquisa, em todos os campos que sirvam para beneficiar, principalmente, a população ribeirinha, mais carente de informação e recursos, em todas as áreas.”

 
A professora declara que, mais que a pesquisa, essencial é a sua socialização, porque tal ação concretiza o retorno do trabalho do pesquisador para toda a população, seja na cidade ou no interior.

 
“A revista tem a função de dar ciência à comunidade científica, do trabalho realizado na área de educação em nível médio e também a inclusão digital”, declarou o diretor-presidente do Cetam (Centro Tecnológico do Amazonas), Vicente Nogueira. Para ele, a revista, que traz informações sobre os programas do Centro, abre possibilidades para o desenvolvimento de novas parcerias.

 
O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas, César Wanderley, disse que a revista é um veículo importante, por vários motivos, dentre eles, porque vem de um projeto que impulsiona a capacitação de profissionais na área do jornalismo científico.

 
“Na mesma medida de importância, a Amazonas faz Ciência revela pesquisas que auxiliam na compreensão de problemas como o aquecimento global; as questões meteorológicas, que podem orientar pesquisas para a prevenção dos efeitos de enchentes e secas em nossa região, por exemplo”, disse Wanderley. Para ele, é importante destacar que “a revista traz à tona um problema que só a sociedade pode transformar: os grandes grupos econômicos precisam mudar sua lógica de desenvolvimento, baseada no corte de custos e de investimentos”.

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