SECT tem disponível R$ 3 milhões para instituições de ensino públicas


O Secretário Estadual de Ciência e Tecnologia, José Aldemir de Oliveira, anunciou que a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECT), por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), tem disponível R$ 3 milhões para serem investidos nas instituições de ensino públicas estaduais. Na próxima terça-feira, (23/10), está prevista uma reunião com os representantes do setor. Na ocasião, será discutido o programa denominado Pró-Estado, o qual incentivará a formação, a infra-estrutura e a realização de pesquisas nas instituições.  

           
A declaração foi feita hoje (18/10), pela manhã, durante o “I Seminário de Disseminação da Pesquisa do Estado do Amazonas”, o mesmo está sendo promovido pela Secretaria de Estado da Produção Rural do Amazonas (SEPROR) e prossegue até amanhã (19/10).

           
O seminário acontece no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, localizado na Bola da Suframa, e tem como objetivo disseminar o conhecimento científico e promover a inclusão social. Para isso, pesquisadores das instituições da região, por exemplo, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) estão apresentando, por meio de palestras, os resultados de projetos nas áreas de agronegócios, tecnologias de alimentos, manejo de recursos pesqueiros e florestais etc. A atividade faz parte da programação da 34ª Exposição Agropecuária de Manaus – Expoagro.

           
Segundo o secretário, os investimentos que serão realizados nas instituições de ensino públicas estaduais seguem o mesmo caminho dos recursos destinados ao Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (Pappe Subvenção – Finep/AM), no biênio 2007/2008, que consiste no desenvolvimento sócio-econômico do Estado. O Pappe foi lançado na terça-feira, 16, e conta com R$ 6 milhões para financiar micro e pequenas empresas. “O Mostratec é o resultado das pesquisas desenvolvidas no âmbito do Pappe. O evento, que se encerra hoje, no Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas (Cefet – AM), recebeu recursos da ordem de R$ 2 milhões”, enfatizou.

          
“O Mostratec foi uma oportunidade para o diálogo entre a pesquisa e o setor empresarial. Foram expostos 17 projetos que viraram produtos (sandálias, bolsas, artefatos de madeira, softwares, ração para animais), o que demonstra que diversos produtos já chegaram ao consumidor”, comemorou o secretário.  

           
Ele citou como exemplo o trabalho desenvolvido pelo cientista Manoel Pereira Filho, coordenador da Coordenação de Pesquisas em Aqüicultura (CPAQ) do INPA. O pesquisador apresentou o resultado de seus trabalhos durante a Mostratec e foi um dos palestrantes do I seminário de disseminação da pesquisa. Pereira desenvolveu uma ração à base de resíduos de frutas da região como alternativa para piscicultores.

           
“Uma empresa ficou interessada em comercializar o produto. Em uma região como a nossa, há vários entraves para o desenvolvimento da piscicultura. Um deles é o alto custo da alimentação do peixe, que onera em 60 a 80% os gastos do piscicultor”, alertou.  

           
Oliveira disse que o diálogo entre as empresas e as instituições de pesquisa está apenas iniciando. Isso porque é um processo lento no país e é algo novo no Amazonas. Ele disse que na quarta-feira, 17, em reunião com representantes do setor, discutiu-se a necessidade de uma participação maior do setor privado nas pesquisas.

           
O Secretário de Estado da Produção Rural, Eron Bezerra, disse durante o Seminário de Disseminação da Pesquisa que a comunicação entre a pesquisa e o setor produtivo deve ser algo permanente na Expoagro. Segundo ele, é uma oportunidade para ouvir os pesquisadores e uma forma de fazer com que o conhecimento produzido no meio acadêmico possa chegar aos pequenos produtores do interior do Amazonas.

           
Eron Bezerra anunciou que pretende criar um prêmio em dinheiro para dar aos projetos que forneçam soluções práticas para os problemas vividos pelos produtores. “A Sepror que transformar em realidade as pesquisas que a SECT e Fapeam financiam dentro das instituições de ensino e pesquisa. Queremos transformar o conhecimento em aplicação no campo”, afirmou.  

 

Conhecimento à serviço da sociedade

O Secretário Estadual de Ciência e Tecnologia também destacou a relevância da iniciativa da SEPROR em colocar, na mesma sala, cientistas, produtores rurais e técnicos para debaterem as pesquisas desenvolvidas nos laboratórios. “É bem diferente de uma platéia formada por acadêmicos. O conhecimento tem que se transformar em atividade prática e, o mesmo, deve gerar renda e emprego para a população”, enfatizou.

           
Oliveira lembrou que a postura do pesquisador está mudando em relação à aproximação com o produtor rural. Os motivos apontados por ele é a Lei de Inovação, além das agências de fomento. “Quanto mais eventos dessa natureza forem realizados é melhor para a ciência e para a sociedade, pois os recursos utilizados são oriundos da própria população”, disse Oliveira.

Ascom do Inpa

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