Fucapi apresenta resultados de Iniciação Científica na Semana de C&T


A Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) participa da IV Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Amazonas com um estande na Estação Ciência, no Studio 5, com três de seus projetos de pesquisa realizados com estudantes do ensino médio e pós-médio, bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Júnior (Pibic Jr), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Vanessa Pinheiro e Maressa Sampaio fazem parte de um grupo desses jovens pesquisadores, que deram continuidade a um estudo de levantamento e identificação das espécies vegetais próximas à escola, para posterior plantação de mudas na área da Fucapi. Entretanto, a tentativa não deu certo em razão das características do solo, conforme explica Maressa:

“Como as espécies não vingaram, percebemos que o problema ficava no solo. A maioria do solo do distrito industrial é compactada e não apresenta porosidade, por isso os nutrientes que vêm com chuva não entram no solo. Esse é o grande problema que vai causando a pobreza do solo. Em nosso projeto decidimos realizar uma produção de adubo orgânico, com objetivo de tratar o solo que fica ao redor da escola”.

Os alunos, orientados pela professora Claúdia Lima, decidiram utilizar materiais existentes na própria instituição. Pegaram folhas secas, serragem, casca de ovo, borra de café e terra preta, misturando tudo numa composteira, o lugar onde se deposita o composto orgânico. Segundo as alunas foram seis meses na etapa da produção em si. Três meses removendo diariamente o material e mais três deixando o material em repouso, removendo-o apenas uma vez a cada sete dias.

“Anteriormente enviamos uma amostra do solo para análise no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o resultado foi que o solo da Fucapi é paupérrimo, tanto que um hectare do terreno precisaria de uma tonelada de adubo orgânico para ser tratado”, revela Maressa.

Segundo ela, a meta de tratar o solo com adubo orgânico não foi atingido pois o solo precisará de tratamento com adubo químico, mas provavelmente um dos próximos grupos de alunos a atuarem no programa darão continuidade pesquisando esse aspecto da problemática.

Outro projeto apresentado no estande é sobre segurança e radiofreqüência, coordenado pela professora Priscila Oliveira. “A maquete que trouxemos (ao estande) demonstra como funcionaria hoje dentro de uma escola, em uma instituição. Tentamos colocar no corredor, na diretoria, para demonstrarmos como funciona”, conta Leonardo Ramos, aluno que concluiu o Curso Técnico de Telecomunicações com esse projeto.

Segundo ele, além de o projeto ser bastante viável no mercado, o sistema é de fácil instalação, bastando a realização de estudos para o posicionamento dos sensores no local.

“Essa iniciação científica foi de grande valia, pois permitiu que eu aprendesse e aplicasse sistemas de segurança sem fio. Finalizei esse curso técnico e pretendo fazer uma graduação em engenharia de telecomunicações. O projeto me ajudou a confirmar a área que eu quero seguir”, avalia o estudante.

Em outro projeto, ocorreu uma junção de três áreas, a de telecomunicações, de eletrônica e de informática, visando criar um mecanismo de acompanhamento de uma linha de produção. “Toda vez que ocorre um erro na linha de produção, que aqui no estande está representada por uma placa, o sistema avisa o computador que houve um erro”, explica Igor Campos, aluno do ensino médio.

O projeto também permite que o responsável pela produção receba em tempo real uma mensagem em seu celular avisando do problema e ainda gera um relatório geral que informa a data, horário e problema na linha. Para o professor Lauro Rosas Neto, coordenador do projeto a interdisciplinaridade do projeto é um novo patamar alcançado pelos projetos da instituição.

“Você pode ver que o projeto abrange três áreas distintas que a Fucapi trabalha hoje, que são informática, eletrônica digital e a área de telecomunicações. O nosso foco, este ano, é agregar tecnologia, fomentando o estudo do aluno não somente naquela área de formação, mas buscando outras áreas para se especializar” afirma o orientador.

Neto acredita que as recentes políticas de incentivo á pesquisa são essenciais para uma formação completa. “Essas políticas são muito importantes para a sociedade, pois você está formando, já no ensino médio, pesquisadores, profissionais e seres pensantes”, acredita o professor.

Hemanuel Jhosé – Agência Fapeam

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