Cientistas criam o atlas da malária


Cientistas da Inglaterra e do Quênia lançaram um mapa on-line que aponta as regiões no mundo submetidas a alto risco de malária. O objetivo com o lançamento da ferramenta é orientar políticas públicas de combate à doença que infecta cerca de 400 milhões de pessoas, matando 1 milhão por ano.

O mapa associa dados coletados por pesquisas locais aos mapas do serviço Google Earth, feitos com base em fotografias de satélites. O Projeto Atlas da Malária (MAP, na sigla em inglês) foi criado por uma parceria do Centro de Medicina Geográfica, no Quênia, e pelo Grupo de Epidemiologia e Ecologia Espacial da Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Segundo os coordenadores do projeto, Simon Hay e Robert Snow, os dados sobre a malária no mundo são incompletos e pouco confiáveis. O Quênia, por exemplo, teria registrado apenas 135 casos de mortes por malária em 2002.

A missão do MAP, segundo eles, é desenvolver um modelo detalhado de limites espaciais da doença em escala mundial. A última tentativa de se criar um mapa global referente aos riscos de malária foi realizada na década de 1960. O site é publicado em inglês, com traduções em espanhol e francês.

Os pesquisadores publicaram artigo sobre a nova ferramenta na PLoS Medicine, periódico da Public Library of Science, nesta terça-feira (5/12).

O MAP é financiado pelo Wellcome Trust, do Reino Unido. O projeto prevê um primeiro estágio, até o fim de 2006, voltado exclusivamente para a aquisição e arquivamento de dados.

Projeto Atlas da Malária: www.map.ox.ac.uk

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