Os estudantes fazem parte do Programa de Iniciação Científica (PIC) do Centro e as bolsas contam com financiamento de duas fontes de fomento: a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (PAIC-Fapeam) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PIBIC-CNPq).

“Todos os pesquisadores do nosso centro são convocados a elaborar projetos voltados para a inserção de estudantes de graduação no universo da ciência. As propostas são analisadas e aprovadas por um comitê interno. Daquelas aprovadas saem os planos de atividade dos alunos, que precisam dedicar 20h semanais à pesquisa”, explica uma das coordenadoras do PIC, Dra. Ormezinda Fernandes.

De acordo com ela, o objetivo da instituição é formar pesquisadores nas mais diversas áreas, tanto que, mesmo sendo reconhecida como uma referência em estudos no campo da saúde, a Fiocruz busca envolver graduandos dos cursos de biologia, farmácia, serviço social, geografia, antropologia, ciências sociais, entre outros.

Essa delimitação da área de atuação dos bolsistas vai depender do número de projetos e de coordenadores com experiência e formação acadêmica específica para trabalhar com as temáticas.

“Com a entrada dos novos servidores, por meio do concurso realizado ano passado, houve um aumento – sadio – da competitividade na comunidade científica do CPqLMD. O ingresso de pessoal de ciências humanas e sociais foi de extrema importância para o desenvolvimento de novas linhas de pesquisa na unidade”, relata Fernandes.

O CPqLMD conta, em seu quadro de pesquisadores, com 11 doutores e 9 mestres e especialistas. Os projetos, dos quais fazem parte dos bolsistas, recebem apoio logístico e científico de parceiros institucionais, como Universidades e Centros de Pesquisa da região, e da Fiocruz de Rio de Janeiro.

Questionada sobre a responsabilidade da Instituição em “introduzir” estudantes na área científica, Ormezinda acredita que o despertar desses alunos para o prazer do estudo das ciências é um processo que demanda tempo e dedicação.

“Nem todas as pessoas têm em sua essência vocação para o desempenho de atividades de pesquisa. Descobrir aquelas que têm o perfil e investir em sua formação é formar recursos humanos qualificados para atuação na própria região”, ressalta a pesquisadora que aposta na educação como elemento estruturante e não como produto final.