Mostra reúne trabalhos de jovens pesquisadores do interior


Projetos científicos que visam mudar a realidade de jovens e de comunidades de 32 municípios do interior do Amazonas estão sendo apresentados na 3ª Mostra do Programa Amazonas de Integração da Ciência no Interior (PAICI), promovido pela Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA/UEA) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). O evento teve início nesta quinta-feira (21/06), às 8h, vai até a tarde desta sexta-feira (22/06), na sede da ESA/UEA, rua Carvalho Leal, bairro Cachoeirinha, zona Sul de Manaus.

A mostra reúne 43 trabalhos de pesquisas realizadas por 239 estudantes da ESA/UEA, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que criou o PAICI em 2004. O objetivo do programa é contribuir para a formação de futuros profissionais da área de ciências da saúde oriundos do interior Amazonas, cujos cursos são ministrados em Manaus.

“O grande diferencial desse programa é que envolve alunos desde o momento em que ingressam na universidade. Nos demais, em geral, eles apenas podem participar de projetos de iniciação científica a partir do terceiro período”, explica Helen Emília Menezes de Souza, a coordenadora do PAICI na UEA/Saúde.

Na ESA/UEA, 43 professores (doutores e mestres) orientam os projetos em grupos de pesquisa, constituídos por até oito alunos. A escolha é feita por sorteio, obedecendo a disponibilidade das bolsas concedidas pela Fapeam. Os projetos são idealizados pelos próprios professores e submetidos à análise de um comitê científico. “Todos os participantes são oriundos de processo seletivo ou vestibular realizado no interior do Amazonas”, enfatiza Helen Souza.

Prática do trabalho científico

A maioria dos bolsistas começou no PAICI ainda no primeiro período. É o caso do aluno de enfermagem Carlos César da Costa Holanda, 21, natural de São Paulo de Olivença, e da estudante de odontologia Mayana Barbosa da Silva, 23, de Tefé. Ambos, cursando atualmente o sexto período, ingressaram na primeira turma de bolsistas do programa.

“A cada projeto que participo, me vejo mais preparado, com conhecimento do que é um trabalho científico, e com mais chances no mercado de trabalho uma vez que esta será a nossa terceira publicação científica”, declarou Carlos César.

O estudante de enfermagem pretende retornar para São Paulo de Olivença para exercer os primeiros anos da profissão e ajudar no desenvolvimento da terra natal. “Depois, volto para fazer minha pós-graduação em Manaus”, disse o bolsista.

“Os orientadores têm grande participação na motivação dos bolsistas porque, como crianças, começamos engatinhando nos primeiros trabalhos até nos sentirmos mais confiantes”, observou a futura odontóloga Mayana.

A professora do curso de Enfermagem, Cássia Rozária da Silva, preceptora do projeto “Estudo sobre o ensino em saúde nas unidades educacionais públicas de ensino fundamental da zona sul de Manaus- Amazonas”, entende que, além da motivação, o principal papel do orientador desse programa é garantir a compreensão do trabalho e familiarizar os calouros com as metodologias científicas.

“Com o suporte técnico que conseguem, esses bolsistas estão aptos a realizar outros trabalhos científicos mais complexos a partir de suas próprias idéias, engajando-se ainda mais com ciência”, conclui Rozária da Silva.

Rúbia Balbi – Decon/Fapeam
Fotos: PAICI

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