Artigo sobre fragmentos florestais recebe premiação internacional


O trabalho é o resultado de pesquisas realizadas pelo PDBFF, um convênio entre o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e o Instituto Smithsonian.

 O artigo “Rápido declínio da composição da comunidade de árvores em fragmentos florestais da Amazônia" foi premiado com o título de “A Publicação Mais Notável em Ecologia de Paisagem” concedido pela Associação Internacional dos Ecologistas de Paisagens – US Chapter of the International Association of Landscape Ecologists. O artigo é o resultado de pesquisas realizadas pelo Projeto de Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF), um convênio entre o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e o Instituto Smithsonian. O prêmio é dado anualmente em reconhecimento as contribuições mais notáveis à literatura no campo da ecologia de paisagem. O trabalho foi apresentado pelos pesquisadores: William Laurence, Henrique E. M. Nascimento, Susan G. Laurance, Ana Andrade, José E. L. S. Ribeiro, Juan Pablo Giraldo, Thomas E. Lovejoy, Richard Condit, Jerome Chave, Kyle E. Harms e Sammya D Angelo e publicado na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS, sigla em inglês) – 103;19010-19014.2006.

A premiação acontecerá na próxima reunião da Associação que acontecerá no dia 12 de abril em Tucson (Arizona – EUA) e contará com a presença de um dos pesquisadores responsáveis pelo trabalho.


Associação Internacional de Ecólogos de Paisagem

É uma reconhecida organização cientifica que estuda como o homem altera a paisagem natural. O que consiste o artigo

Descreve os impressionantes impactos da fragmentação do habitat (redução da floresta a pequenos fragmentos) no ecossistema amazônico, que contém a maior diversidade biológica de comunidades de árvores, com até trezentas espécies ocorrendo numa área do tamanho de apenas dois campos de futebol. Estas florestas estão sendo rapidamente derrubadas e reduzidas a pequenas ilhas por madeireiras, fazendas de gado e cultivos industriais de soja.

A equipe do projeto estudou o destino de quase 32 mil árvores amazônicas desde 1980. O resultado mais impressionante, dizem os autores, é a impressionante velocidade com que as comunidades de árvores estão mudando nos fragmentos de floresta. “As árvores da floresta tropical podem viver por séculos, até milênios” diz Laurance, “portanto nenhum de nós esperava ver mudanças tão rápidas”. Mas, em apenas duas décadas – um piscar de olhos para árvores com mil anos – o ecossistema tem sido seriamente degradado.

Os principais causadores dessas mudanças, dizem os autores, são as mudanças ecológicas nas bordas dos fragmentos de florestas. “Quando se fragmentam a floresta, os ventos quentes nos arredores das pastagens sopram dentro da floresta e matam muitas árvores, as quais simplesmente não conseguem suportar o stress” diz Nascimento.

“Estamos muito felizes com a premiação porque vai atrair a atenção do mundo para o nosso trabalho, diz Regina Luizão, pesquisadora do INPA e coordenadora do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais – PDBFF, onde o estudo foi conduzido.

O estudo deixou claro que reduzir a floresta a pequenos fragmentos é uma ameaça muito maior para a biodiversidade Amazônica do que se pensava previamente.

 

Assessoria de Comunicação do Inpa

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