Embrapa do AM oferece curso sobre doenças da bananeira em diversas regiões


17/04/2013 – A Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus-AM) é referência em resultados de pesquisa e controle da sigatoka negra e tem recebido demandas de informações de Estados produtores de banana a respeito da identificação e caracterização de doenças da bananeira.

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Nesta semana, está sendo realizado de 15 a 17 de abril o curso ‘Diagnose da sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis) e do moko (Ralstonia solanacearum) da  bananeira’, para dez  agrônomos, que atuam na defesa sanitária vegetal do Estado da Paraíba. Em junho próximo, está previsto nos dias 25 a 27, o mesmo curso para agrônomos responsáveis pela defesa sanitária vegetal dos Estados do Ceará e Minas Gerais. Técnicos da defesa sanitária do Estado do Mato Grosso do Sul também fizeram o curso de diagnose das doenças da bananeira, na Embrapa em Manaus.

As doenças da bananeira que mais causam prejuízos aos produtores são a sigatoka-negra, sigatoka-amarela, mal-do-panamá e moko. O diagnóstico correto de cada doença é o primeiro passo para se definir as medidas adequadas para o seu controle.

A sigatoka negra se disseminou por quase todo o Brasil e embora a região Nordeste não tenha sido afetada, existe a preocupação de alguns Estados em treinar os agentes para identificar os sintomas e fazer o controle ainda no início, a fim de evitar que a doença afete a produção naquela região.

No curso que acontece de 15 a 17 de abril de 2013 com agrônomos que atuam na Defesa Agropecuária Vegetal da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca do Estado da Paraíba (Sedap), o enfoque é para as doenças sigatoka negra e moko da bananeira.

De acordo com a agrônoma Maria Amelia Barbosa de Souza, coordenadora da capacitação pela Sedap, o Estado da Paraíba tem aproximadamente 50 mil hectares de plantio de banana dos tipos nanica, nanicão, prata e pacovã.

O Estado da Paraíba é considerado Área Livre para as doenças sigatoka negra e moko da bananeira, mas é afetado por outras doenças como sigatoka amarela, mal do Panamá e a praga moleque da bananeira. "Estamos interessados em reconhecer os sintomas, para identificar e erradicar plantas doentes antes que afetem a produção do Estado", afirmou Amelia.

Os instrutores do curso são o pesquisador Luadir Gasparotto da Embrapa Amazônia Ocidental e o pesquisador Rogério Eiji Hanada, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

O pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Luadir Gasparotto, informa que a doença iniciou pelo Amazonas, nos anos 1990, e chegou em todos os Estados da Região Norte e da Região Sul; em quase todo o sudeste do Brasil, com exceção dos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e norte de Minas Gerais; e chegou também ao centro-oeste, com exceção de Goiás e Distrito Federal.

Gasparotto informa que em regiões produtoras de banana no interior de São Paulo e de Santa Catarina, alguns produtores aumentaram seus custos de produção por optarem pelo controle químico para combater a doença nos bananais.

Para conter o avanço da sigatoka negra nos bananais e continuar produzindo, uma alternativa de controle recomendada pela Embrapa é o plantio de cultivares de banana  resistentes a essa doença. O uso de cultivares resistentes também evita a utilização de agrotóxicos para combate à doença e permite conciliar produtividade, cuidado ambiental e segurança alimentar.

A Embrapa Amazônia Ocidental já recomendou 12 cultivares de banana com resistência a sigatoka negra, entre as quais se destaca a BRS Conquista, que apresenta resistência também a sigatoka amarela e mal do panamá, e vem sendo plantada em vários Estados do País.

Para o moko da bananeira até então não existem materiais genéticos resistentes. Entretanto existem recomendações de manejo para evitar a ocorrência da doença em áreas de cultivo de banana.

O curso oferecido pela Embrapa Amazônia Ocidental envolve aulas teóricas e práticas e atividades de laboratório. No primeiro dia do curso, as atividades são em área de produtor no município de Presidente Figueiredo (AM), para observação dos sintomas e dos prejuízos causados pela sigatoka-negra e o comportamento de cultivares resistentes à doença. No segundo dia, as atividades acontecem na sede da Embrapa no km 29 da AM-010. E no terceiro dia, o grupo visita outra área de produtor no município de Manacapuru, para observar os sintomas e prejuízos causados pelo moko, e em seguida visita o campo experimental da Embrapa na estrada do ‘Caldeirão’, município de Iranduba (AM), para observar o comportamento da banana BRS Conquista e do plátano D’Angola. Interessados em agendar o curso podem entrar em contato pelo telefone (92) 3303-7973, ou pelo email  cpaa.sipt@embrapa.br.

Fonte: Embrapa Amazônia Ocidental

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