Vendas de computador subiram


As vendas de computadores pessoais – de mesa (desktops) e portáteis (notebooks) – atingiram os 8,3 milhões de unidades no país em 2006, alta de 46% frente ao ano anterior. Os desktops foram os mais procurados: 7,6 milhões. Mas os notebooks, com 680 mil unidades, saltaram 116% em relação a 2005, segundo pesquisa da IT Data Consultoria, divulgada ontem pela Associação Brasileira das Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

A forte expansão do mercado deveu-se principalmente às medidas de desoneração baixadas pelo governo em 2005, no âmbito da chamada MP do Bem, que isentou de PIS/Cofins os computadores com preço até R$2.500 (desktops) e R$3 mil (notebooks).

Com preços em média 10% mais baixos e crédito mais acessível, os fabricantes legais roubaram importante fatia do chamado "mercado cinza" – computadores montados com componentes contrabandeados. O aperto da fiscalização pela Polícia e Receita Federal também inibiu os negócios ilegais.

– Alguns componentes importados também ficaram mais baratos por causa do câmbio – disse o diretor de Informática da Abinee, Hugo Valério.

Assim, a participação dos computadores "cinza" despencou de 73% em 2004 para 38% no fim do ano passado. A IT Data estima que, até dezembro, recue para menos de 30%.

Segundo a Abinee, a ampliação da isenção de PIS/Cofins para computadores de até R$ 4 mil, incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), deve propiciar um crescimento de 20% nas vendas do setor este ano, que deve ultrapassar a marca de 10 milhões de unidades. Ivair Rodrigues, diretor de Estudos, da IT Data, espera que no fim do ano o Brasil esteja próximo do padrão americano e europeu.

A pesquisa revelou ainda que as vendas de computadores pelo programa oficial "Computador para Todos" ficaram muito aquém das projeções do governo. Segundo a IT Data, foram 530 mil em 2006, pouco mais da metade das previsões do governo. Rodrigues creditou as vendas baixas à pouca divulgação do programa.

Ronaldo DErcole – O Globo

 

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