Fapeam financia desenvolvimento de kit para identificação da Leishmania
A leishmaniose é classificada por especialistas como uma doença endêmica. No Estado do Amazonas, ela fica em segundo lugar em número de casos, atrás somente da malária. Na capital, mais de 80% dos casos tem como agente etiológico (causador da doença) a Leishmania guyanensis, causada por um protozoário. Quem mais sofre com esse tipo de enfermidade são os moradores dos bairros localizados na periferia, próximos da mata. Sua incidência está relacionada, principalmente, com a ocorrência de desmatamentos.
Pensando nisso foi que o pesquisador Alexander Sibajev, doutor em Biotecnologia, da Coordenação de Pesquisas em Ciências da Saúde do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (CPCS/Inpa) desenvolveu um kit que permite a distinção entre a Leishmania guyanensis e a Leishmania braziliensis. O projeto "Um método de PCR baseado no gene de RNA ribossomal é capaz de discriminar a Leishmania guyanensis de outras espécies de leishmânias do subgênero Leishmania e Viannia" vai permitir a melhoria no tratamento da doença e os procedimentos clínicos adotados pelos médicos, já que é possível discriminar com bastante precisão com qual leishmania o doente está acometido.