Cientistas estão mais perto de conseguir manipular a memória
22/08/2013 – Os cientistas ainda não encontraram um jeito de reparar um coração partido, mas estão chegando mais perto de manipular a memória e de descarregar instruções de um computador diretamente para um cérebro. Pesquisadores do Centro de Genética de Circuito Neural do Instituto de Tecnologia Riken-Massachusetts, nos Estados Unidos, estão perto da ideia de manipulação cerebral e anunciaram ser capazes de criar uma memória falsa num camundongo.
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Segundo a edição de 26 de julho da Science, os cientistas fizeram camundongos se lembrarem de ter recebido um choque elétrico em um lugar, quando, na realidade, isso teria acontecido em local completamente diferente.
“Não foi exatamente escrever uma memória a partir do nada, mas conectar dois tipos diferentes de recordações. Pegamos uma recordação neutra e a atualizamos artificialmente para convertê-la em recordação negativa”, explicou Steve Ramirez, neurocientista do MIT.
Pode soar insignificante, mas, segundo Ramirez, já é possível imaginar que essa pesquisa possa levar à manipulação computadorizada da mente para o tratamento do transtorno de estresse pós-traumático.
Smartphone
Tecnólogos estão trabalhando sobre interfaces cérebro-computador que nos permitirão interagir com nossos smartphones e computadores, usando simplesmente nossas mentes. Já existem aparelhos que leem nossos pensamentos e nos permitem fazer coisas como nos desviar de objetos virtuais em um jogo de computador ou ligar e desligar chaves com o pensamento. A ciência parece estar ampliando fronteiras.
Em 2011, cientistas que trabalham com a Universidade de Boston e os Laboratórios A.T.R. de Neurociência Computacional, no Japão, publicaram um artigo sobre um processo chamado neurofeedback decodificado, ou DecNef, que envia sinais para o cérebro por meio de um aparelho de imagem por ressonância magnética funcional, capaz de modificar o padrão de atividade cerebral de uma pessoa.
Os cientistas acreditam que, com o tempo, poderão ensinar uma língua ou o domínio de um esporte “carregando” informações no cérebro.
Fonte: Confap, via Jornal O Tempo/The New York Times