Amazonas estende relação com a França para discutir projetos do setor energético


28/01/2013 – A política energética do Amazonas formulada e implementada pelo Governo do Estado está chamando a atenção de países europeus. Na última sexta-feira, dia 25, estiveram presentes na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), a pesquisadora Martine Droulers, do Centro Nacional de Pesquisa Energética de Paris, e o pesquisador Marcio Cataia, do Instituto de Geociências da Universidade de Campinas, que foram recebidos pela titular da pasta, Nádia Ferreira, para discutir parcerias de projetos para esse segmento.

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Na ocasião, Nádia Ferreira fez uma breve apresentação sobre como está sendo estruturada a política energética do Estado, o que deixou os visitantes bastante satisfeitos. “O Amazonas vem avançando na política de energia, tanto em nível nacional quanto local, tanto que propusemos a criação do Conselho Estadual de Energia (Lei Estadual 3.782, de 20/7/2012). Na ocasião, propomos fazer parte do grupo de pesquisa da França, e estamos aguardando a resposta. Ao final dessa rodada de visitas, que percorre os Estados de Rondônia, Amazonas e Pará, será elaborado um relatório sobre a expansão da geração de energia elétrica e a demanda reprimida nos municípios e comunidades do interior, tendo como subsídio as informações disponibilizadas por esta secretaria”, ressaltou Nádia.

"Encontramos na SDS informações excelentes. É interessante ver o nível de pesquisa e engenharia que existe aqui, ficamos muito impressionados. Esperamos intercambiar os nossos estudos, pois as pesquisas daqui estão muito articuladas com o Brasil e internacionalmente também. O desafio da organização da energia num estado como o Amazonas, tem sido tratado sem escapar da realidade difícil, como por exemplo, a distância, as populações, e a conservação da natureza. É difícil aliar esse desenvolvimento com preservação", ressaltou Martine Droulers.

O pesquisador Márcio Cataia, explicou que o projeto no qual está envolvido em parceria com o Centro Nacional de Pesquisa Energética de Paris, visa estudar a expansão e difusão desses sistemas técnicos no país, ou seja, as redes de energia. “A demanda maior que temos no Brasil hoje é por energia. E, a Amazônia se transformou nessa última fronteira da expansão para a produção de energia elétrica, então, nosso interesse é conhecer o que acontece aqui, estar aqui para entender como funciona localmente e regionalmente, em razão desse debate que existe hoje entre a necessidade de produção e a demanda de produção. Ao mesmo tempo, é necessário um cuidado muito profundo com a realidade amazônica. Temos tido ótimas impressões e aqui foi excelente", destacou Cataia.

O engenheiro Anderson Bittencourt, da SDS, ressaltou que os pesquisadores perceberam que o Amazonas está um passo à frente, no sentido de compreender o comportamento de expansão para o serviço de energia elétrica. "Antes que aconteçam intervenções dentro do setor elétrico, nós queremos apresentar proposições de acordo com a realidade local. “A política do Governo do Amazonas trabalha sempre atrelando o meio ambiente aos fatores sociais e econômicos, para promover o desenvolvimento, apresentando um modelo que satisfaça a necessidade das pessoas que não têm acesso à energia elétrica, mas também que atenda às expectativas políticas tanto do governo federal quanto do Estado”, disse Bittencourt.

Na reunião destacaram-se, ainda, as alternativas energéticas mais viáveis para o Estado, ficando clara, que a energia solar fotovoltaica para as comunidades locais é a melhor opção, por conta das questões de logística e longa distância que dificultam o acesso.

Fonte: SDS

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