Musa completa quatro anos de criação
22/01/2013- Localizado na Reserva Florestal Adolpho Ducke, na zona leste de Manaus, o Museu da Amazônia (Musa) desenvolveu nesses quatro anos centenas de eventos e atividades com a finalidade de popularizar e aprofundar o significado histórico, cultural e científico das comunidades e biomas da grande Bacia Amazônica, por meio da pesquisa e da exposição para fins educacionais e turísticos.
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Ao contrário dos museus tradicionais, em que as peças, modelos e objetos estão imobilizados nos edifícios das exposições, o Musa procura apresentar aos visitantes a natureza, as plantas e os bichos ao vivo, lá onde eles crescem e se reproduzem, na floresta, nos igarapés. Para que isso seja possível, os visitantes devem despir-se de preconceitos e medos e adentrar o mundo da floresta, onde seus habitantes protagonizam um espetáculo a céu aberto.
Um importante acordo de cooperação foi celebrado pela União, por intermédio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com a interveniência do Estado do Amazonas, por intermédio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), em dezembro de 2009, garantindo a implantação e consolidação do museu como espaço de aprendizado e lazer para a população, com a criação de condições para observação “in situ” e imersão em áreas de floresta.
Para realizar essas atividades, o Musa conta com parcerias importantes, como: UEA, FAPEAM, CNPq, Seplan/AM, Secti/AM, MCTI e BNDES. Este último, através do Fundo Amazônia, tem destinado recursos para construção do complexo que inclui galpão de apoio, novas tendas expositivas, trilhas, passarelas suspensas, estações e torres de observação da floresta a serem instalados em área de 100 ha localizada na Reserva Ducke, nas imediações do Jardim Botânico, cedidos pelo Patrimônio da União, entre outros.
Vale destacar nessa importante parceria com o BNDES, a construção do centro de treinamento e capacitação para geração de alternativas econômicas em área de assentamento no Puraquequara, cedida para uso, pelo Incra, de forma a criar um modelo demonstrativo de atividades econômicas que valorizem a “floresta em pé”, com possibilidade de geração de renda e de melhoria das condições sociais locais.
Trilhas, exposições, criadouro de borboletas, insetário, aquários, programas de educação ambiental para crianças, torres que permitem a observação da copa das árvores e de monitoramento do clima, além de projetos para filmagem e transmissão pela internet em tempo real de cenas da vida florestina, são projetos já em andamento que permitirão, por exemplo, a amplificação dos fenômenos observados, particularmente, do micromundo dos insetos que povoam aquela área de floresta.
Nos dois últimos anos, o Musa realizou a exposição “O que se encontra no encontro das águas” (hoje desativada), que apresentou a cultura e a biologia da região do encontro dos rios Negro e Solimões, em Manaus. Atualmente, duas novas exposições encontram-se abertas para visitação: “Peixe e Gente”, sobre a cultura dos povos da região do rio Tiquié e “Sapos, peixes e musgos – a vida entre a terra e a água na Reserva Ducke”, que mostra a transição dos animais do ambiente aquático para o terrestre.
Em sua sede administrativa, no Aleixo, o Musa tem realizado palestras periódicas sobre diferentes temas amazônicos e outros assuntos de interesse científico e cultural. No Ciclo de palestras, realizado às quintas-feiras, por exemplo, um pesquisador é convidado para abordar um assunto sobre determinado tema de sua pesquisa. Outra programação com palestras é realizada uma vez por mês no Teatro Direcional do Manaura Shopping: é o Ciência às 7h30, que também traz um pesquisador para falar de maneira informal sobre o resultado de suas pesquisas
Fonte: Musa