Alunos da UEA realizam pesquisa arqueológica em área da Avenida das Flores


17/01/2013 – As atividades do Programa de Prospecção, que visa à realização de estudos para a liberação do licenciamento arqueológico do trecho de extensão da Avenida das Flores, conta com a participação de alunos finalistas do curso de Arqueologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

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Ao lado de profissionais de outras áreas, como de Engenharia e Turismo, os estudantes iniciaram os trabalhos, no último dia 17 de dezembro, com a meta de concluir o levantamento de campo ao final do mês de fevereiro deste ano. A Avenida das Flores é a continuação da Avenida Governador José Lindoso (a Avenida das Torres).

Para o acadêmico da UEA, Douglas de Franco Guedes, o ganho em participar dos trabalhos vai além da área profissional. “É muito gratificante trabalhar em uma obra como essa. Além de ser importante para o meu currículo e para o histórico da primeira turma do curso, vejo o interesse da população em conhecer de perto o nosso trabalho. Trocamos conhecimento e muitos chegam, inclusive, a nos passar informações importantes sobre a área”, afirmou.

Até o momento, os alunos já identificaram algumas ocorrências de cerâmicas. A área identificada foi isolada para não haver o comprometimento de sua integridade e será resgatada em outra etapa do estudo. O trabalho realizado pelos alunos é custeado pela Laghi Engenharia, contratada pelo Governo do Amazonas.

“Durante a atividade, muitos moradores procuram a equipe interessados em saber o que está sendo realizado. Nesse momento, é feita a explicação das atividades e, ainda, um trabalho de sensibilização dos moradores sobre o valor dos vestígios arqueológicos, que muitas vezes são tratados como ‘cacos velhos’, sem nenhuma representação”, afirmou o responsável pelo licenciamento arqueológico da Laghi Engenharia, Iberê Fernando Martins.

A atividade de prospecção é realizada seguindo alguns parâmetros estabelecidos previamente e adaptados no decorrer da etapa de campo. No caso da Avenida das Flores, a equipe está realizando a abertura de três sondagens arqueológicas a cada 100 metros. Para cada informação obtida, são realizados registros fotográficos e anotações em fichas específicas referentes a cada sondagem.

O licenciamento arqueológico atende à legislação vigente que estipula a obrigatoriedade da execução das atividades em decorrência do impacto causado por empreendimentos, públicos ou privados, no patrimônio cultural. Além disso, promove um estudo aprofundado sobre os vestígios exumados e devolve à população os resultados obtidos, por meio de publicações ou amostras.

Sobre a obra

A nova via, que está sendo implantada pelo Governo do Amazonas, estende-se da Avenida Timbiras, no bairro Cidade Nova (zona norte), até a rodovia Manaus-Itacoatiara (AM-010), e terá um corredor de ônibus com 11,1 km de extensão.

Com a liberação do trecho inicial feita pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural (Iphan) e a realização do levantamento topográfico da área de intervenção da obra desde a Rua Fênix, em direção ao Conjunto Galileia, as obras tomaram fôlego com a entrada das máquinas para a retirada de solo mole, corte e nivelamento do terreno com aterro, terraplanagem e compactação.

O trecho 3 parte do Terminal de Integração 3 (T3), na Avenida Noel Nutels, e vai até o Igarapé do Passarinho. No trecho 4, a obra continua o traçado e cruza as avenidas Margarita, no Nova Cidade, e Sete de Maio, no Santa Etelvina, interligando-se na parte final de seu traçado com a rodovia AM-010 (Manaus-Itacoatiara), com saída nas proximidades do quilômetro 22, logo após o aterro sanitário.

A previsão de conclusão de toda a obra é para 2014. O investimento total é de R$ 221,7 milhões, com recursos do Orçamento Geral da União, financiamento da Caixa Econômica Federal e contrapartida do Governo do Estado.

Fonte: Portal D24am

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