Curso de Agente de Inovação Tecnológica fomentará parcerias entre academia e empresas
10/10/2013 – A formação de recursos humanos para atuar na área de inovação tecnológica ganhou um novo investimento no Amazonas. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti/AM), a Fundação Centro de Análise e Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) e a Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti) assinaram um convênio para a realização da Especialização em Agente de Inovação e Difusão Tecnológica. O documento foi assinado nesta quinta-feira (10/10), pela diretora-presidenta da FAPEAM, Maria Olívia Simão, junto a Diretora da Fucapi, Isa Assef e a secretária executiva da Secti/Am, Ana Alcídia Moraes.
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A Especialização contará como aporte financeiro de R$ 778.400 mil e o Governo do Amazonas, por meio da FAPEAM, investirá R$ 716.720 mil, enquanto a Abipti dará em contrapartida R$ 61.680 mil. Os recursos serão utilizados para custeio do curso. Ao todo, serão oferecidas 80 vagas, distribuídas em duas chamadas. As inscrições começam na segunda-feira (14/10). O curso terá a duração de 12 meses, sendo nove para o cumprimento das disciplinas obrigatórias e três para o período de aplicação técnica. Na oportunidade, o estudante terá que desenvolver um produto ou processo na instituição que possui vínculo. Nessa fase, o aluno receberá uma bolsa de R$ 1.500,00.
Conforme a diretora-presidenta da FAPEAM, Maria Olívia Simão, o Governo do Amazonas, por meio da Fapeam, tem fomentado um ambiente favorável à questão da inovação tecnológica, que só é possível dentro de um processo produtivo. Maria Olívia explicou que se espera, a partir dessa iniciativa, promover emprego e renda para os amazonenses e que micro e pequenas empresas tenham maior competitividade econômica.
Quanto à inovação tecnológica, a titular da FAPEAM lembrou que “para haver o processo de inovação é preciso multiplicar a ideia no espaço empresarial. Por este motivo, é importante a formação de profissionais que façam a promoção e articulação entre o setor acadêmico e o setor produtivo. Essas pessoas vão falar a linguagem do empresário e do pesquisador e entender ambas as culturas. Ao final, fazer a aproximação dos interesses”, informou.
A Especialização é mais um instrumento colocado à disposição da sociedade, de acordo com Maria Olívia, principalmente às pessoas que estão inseridas no contexto da inovação tecnológica. Ela explicou que é mais um nicho de mercado de trabalho para o profissional que está saindo da graduação.
Segundo a diretora da Fucapi e presidente da Abipti, Isa Assef, a parceria vai coroar a luta e a determinação do Estado do Amazonas para melhorar o ambiente e o cenário de inovação, consequentemente ajudará a melhorar a produtividade e competitividade. “O objetivo do curso é proporcionar uma visão de mercado e demonstrar a importância da inovação tecnológica para a região. Dessa forma, iremos nos colocar em igualdade com outros Estados e países”, pontuou.
Há três anos, segundo Isa Assef, o Amazonas não tinha representatividade em relação à presença de incubadoras na região. Hoje, o Estado conta com a Rede Amazônica de Instituições em Prol do Empreendedorismo e da Inovação (Rami), que atua no incentivo à criação de novas incubadoras de base tecnológica, as quais precisam de mão de obra qualificada. “O Amazonas conta com nove incubadoras, oito Núcleos de Inovação Tecnológica – NIT, e esses espaços irão precisar de massa crítica”, salientou.
Diferencial da Especialização
De acordo com o Assessor da Presidência da FAPEAM, Edilson Soares, o convênio envolve a FAPEAM, que entra com o financiamento, a Abipti dará o credenciamento e a Fucapi cederá à estrutura e dará o suporte local para o desenvolvimento do curso, enquanto a Secti/AM atuou como articuladora. Ele explicou que o curso contará com a participação de professores do Amazonas e de outros estados.
O diferencial da Especialização, em relação a outras promovidas pela Abipti no país, é a parte prática que o aluno terá que desenvolver, explicou Soares. Ele disse que normalmente, no final de um curso desse modelo, o aluno entrega apenas o artigo ou a monografia. “Nesse será diferente. O estudante terá que desenvolver um produto ou processo, que contará com o acompanhamento de um orientador. Por o curso ser de inovação tecnológica, queríamos ser inovadores”, finalizou.
Luís Mansuêto – Agência FAPEAM