Brasil produz bisturi ultrassônico que otimiza processos operatórios
10/12/2012 – Os cirurgiões ganharam um novo aliado. A fim de substituir importações, diminuir os riscos nas intervenções cirúrgicas e torná-las menos invasivas, os cientistas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), desenvolveram uma versão nacional de bisturis ultrassônicos. A Finep é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
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Atualmente, o Brasil importa esse tipo de bisturi de três fábricas estrangeiras e o instrumento chega a custar entre US$ 20 mil e US$ 40 mil. Com a produção em território nacional, o preço pode cair cerca de 30%. O equipamento será produzido no Brasil pela WEM, empresa de Ribeirão Preto (SP) que atua no ramo hospitalar há mais de 25 anos.
De acordo com o professor Vanderlei Bagnato, do Departamento de Ótica do IFSC, a proposta é tornar a medicina mais acessível à população brasileira, por isso a importância de fabricar os instrumentos aqui. “A tecnologia hoje só é disponibilizada em hospitais de ponta no País e a cirurgia custa caro para o paciente", explicou.
A tecnologia do ultrassom atua no rompimento das ligações celulares e não na destruição das mesmas por um instrumento cortante. Isso reduz a agressão ao organismo do paciente e as complicações do processo pós-operatório. O bisturi ultrassônico transforma energia elétrica em movimento e atinge a frequência de 100 mil hertz. A vibração no equipamento não pode ser vista a olho nu e o corte na pele pela separação de proteínas é feito pelo calor gerado no atrito. O aparelho é o mais indicado para cirurgias que exigem pequenas incisões, denominadas portais, por onde o médico realiza as intervenções.
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Fonte: Portal do MCTI