Novo ministro de CT&I recebe demandas de secretários estaduais
21/03/2014 – Três dias apenas à frente do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Clelio Campolina, ouviu, na quinta-feira (20), um conjunto de demandas consideradas prioritárias para o desenvolvimento científico e tecnológico do País, durante a abertura do Fórum do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para assuntos de CT&I (Consecti), realizado no Palácio do Governo, em Cuiabá.
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A preocupação do presidente do Consecti, Jadir José Péla, é com uma eventual descontinuidade dos projetos da pasta em andamento diante da mudança de ministro e, igualmente, da equipe da pasta em pleno fim de Governo.
Na abertura do evento, o presidente do Consecti, também secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Espírito Santo, citou pelo menos oito pontos que, segundo ele, já fazem parte da agenda do Ministério há algum tempo e que precisam ser mantidos no MCTI.

Campolina buscou tranquilizar os secretários estaduais de ciência e tecnologia afirmando que dará prosseguimento a projetos em andamento na pasta. (Foto: Divulgação)
Campolina, por sua vez, buscou tranquilizar os secretários estaduais de ciência e tecnologia afirmando que dará prosseguimento a projetos em andamento na pasta. “Não estou aqui para destruir políticas e nem estou desmontando o Ministério. Não podemos inventar a roda e muitas coisas que estão sendo feitas são absolutamente prioritárias. Sou amigo do Marco Antonio Raupp (seu antecessor) que me recebeu com a maior cordialidade e que mostrou todo apoio (na transição)”.
Reconhecendo desconhecer a complexidade do Ministério que tem contratos com outros e com várias organizações, Campolina disse que no momento está fazendo um balanço no MCTI e pediu apoio às partes envolvidas com a área de ciência, tecnologia e inovação. “Sou da área, mas não conheço a burocracia do Ministério, as várias políticas em andamento, mas estou me informado sobre tudo isso”.
Disse que fez questão de participar do Fórum Consecti para se apresentar e convocar as comunidades educacional, científica e acadêmica “para trabalharmos juntos.” “E sem a participação dos secretários estaduais de Ciência e Tecnologia em um país com tamanha dimensão territorial, como organização federativa, não será possível enfrentar (os problemas). Não sou da visão que decide as coisas de cima para baixo.” Segundo Campolina, as reivindicações do Consecti serão analisadas.
REIVINDICAÇÕES DO CONSECTI
O presidente do Consecti disse ser fundamental manter o comitê executivo responsável pela interlocução entre os secretários de C&T e o MCTI no que se refere às discussões sobre ciência e tecnologia do País. “Esse comitê vem se reunindo com certa freqüência e é importante que seja mantido”.
Outro ponto defendido pelo presidente do Consecti é a participação dos secretários estaduais de ciência, tecnologia e inovação, igualmente do Conselho Nacional das Fundações de Amparo às Pesquisas (Confap), no andamento da Embrapii – empresa espelhada na Embrapa para estimular a inovação na indústria.
“Muitas das ações que serão tratadas tanto nacional como regionalmente surtirão efeito nos Estados. E sem uma participação do nosso Conselho algumas questões podem não ficar bem-resolvidas na pesquisa e inovação da indústria”.
Outra demanda é relacionada ao andamento da criação de planos regionais para o desenvolvimento científico e tecnológico. Segundo o presidente do Consecti, já existe o plano de desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação da região Norte. Entretanto, disse ser necessário atender também às demandas das regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
Listou também como prioridade a luta pela aprovação do marco legal da ciência, tecnologia e inovação e atualizações no âmbito da Lei de Inovação que em 2014 completa 10 anos. “É necessário dar continuidade às discussões sobre o Código Nacional de Ciência e Tecnologia e tratar dos dez anos da Lei de inovação”.
Ele acrescentou a necessidade da Finep manter a política de concessão de recursos não reembolsáveis aos projetos de ciência e tecnologia, mesmo que a agência de fomento transforme-se em uma instituição financeira.
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Fonte: Jornal da Ciência