Programa internacional busca projetos inovadores para solucionar problemas globais


25/03/2014 – Estão abertas até o dia 6 de maio as inscrições para a 13ª edição do programa Grand Challenges Explorations (GCE), financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates em parceria com 17 Fundações de Amparo à Pesquisa, entre elas a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).

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O programa iniciou em 2008, com a parceria com as Faps em 2011, e tem como objetivo apoiar iniciativas que representem soluções inéditas para questões de saúde global e desenvolvimento. Desde que foi lançado, o Grand Challenges Explorations já foi concedido a cerca de 900 pesquisadores em mais de 50 países.

Os projetos selecionados receberão US$ 100 mil da Fundação Gates e um financiamento adicional equivalente a US$ 50 mil ou US$ 100 mil da FAP do Estado do candidato. Os projetos considerados promissores terão a oportunidade de concorrer a fundos adicionais de até US$ 1 milhão.

Para esta edição, a Fundação está buscando projetos inovadores para cinco desafios. São eles: ‘Novas maneiras de medir o desenvolvimento cerebral fetal e de crianças com até 1 ano’, ‘Novas maneiras de trabalhar juntos: estratégias de integração de serviços de saúde já existentes para aumentar o alcance de intervenções comunitárias em doenças tropicais negligenciadas’, ‘Promoção de comportamentos saudáveis: engajar, quebrar, paradigmas e superar obstáculos’, ‘Ferramentas e modelos inovadores para apoiar intervenções em distúrbios entéricos’ e ‘Inovações nos sistemas de prestação de contas e de feedback em projetos de desenvolvimento agrícola’.

Para se inscrever, o pesquisador tem de criar uma conta na Fundação Gates, disponível na página oficial do programa e enviar o projeto à Fundação.

Beneficiados

No Amazonas, os doutores em Medicina Tropical e em Saúde Pública, respectivamente, Marcus Lacerda e Adele Benzaken, já tiveram projetos financiados com recursos da Fundação Bill & Melinda Gates, mas os recursos não têm relação com o Grand Challenge Explorations.

Marcus Lacerda foi o único pesquisador do País a receber recursos da Fundação para desenvolver um projeto de pesquisa relacionado à malária. A pesquisa intitulada ‘The comparative epidemiology of P. falciparum and P. vivax transmission in Papua New Guinea, Thailand and Brazil’ está sendo desenvolvida desde 2011.

A doutora Adele Benzaken desenvolveu de 2008 a 2013 o projeto intitulado ‘Plano para o incremento do acesso e sustentabilidade do Diagnóstico de sífilis em população indígena da Amazônia Brasileira’, com US$ 1 milhão financiado pela Fundação Gates. Segundo ela, a Fundação aportou US$ 9 milhões para vários países do mundo para o desenvolvimento de testes rápidos de sífilis. “Nós trabalhamos com testes rápidos em populações indígenas implantando ações de controle de sífilis e HIV em comunidades indígenas”, contou.

Ela afirmou que a Fundação Gates, com financiamento de projetos e com o Grand Challenge Explorations (GCE), tenta encurtar as evidências demonstradas na pesquisa e a incorporação disto nos serviços à população.

Ao longo dos sete anos desde a criação do GCE, seis brasileiros tiveram projetos contemplados porque apresentaram ideias inovadoras e de impacto para resolver problemas globais. São eles o farmacêutico Floriano Paes Silva Júnior, o engenheiro agrônomo Mateus Marrafon, o engenheiro mecânico Ricardo Capúcio, o engenheiro mecânico Antônio Ávila, o químico Julio Scharfstein e o biólogo Gustavo Fioravanti Vieira.

The Grand Challenges Explorations

O programa tem como objetivo apoiar iniciativas que representem soluções inéditas para questões de saúde global e desenvolvimento. É uma iniciativa financiada pela Fundação Bill & Melinda Gates em parceria com 17 Faps brasileiras que já beneficiou cerca de 900 pesquisadores em mais de 50 países.

 

Camila Carvalho – Agência FAPEAM,

Colaboração: Isaac Guerreiro,

Com informações FAPEMIG.