Conhecimento agronômico de plantas medicinais é fundamental na produção de fitoterápicos


21/11/2012- O conhecimento agronômico para atuar corretamente no cultivo, colheita e pós-colheita de plantas medicinais é fundamental para garantir matéria-prima de qualidade para a produção de fitoterápicos. Nesse sentido, a Embrapa Amazônia Ocidental vem realizando pesquisas com plantas medicinais para contribuir com soluções baseadas no conhecimento agronômico de plantas medicinais, aromáticas e condimentares utilizadas na Amazônia. Algumas dessas informações serão apresentadas pelo pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Francisco Célio Maia Chaves, durante a Mesa-Redonda ‘Desenvolvimento de Fitoterápicos no Brasil: Problemas e Soluções’, que acontecerá nesta quarta-feira, 21/11, durante a programação do 4º Workshop sobre o Desenvolvimento Tecnológico de Medicamentos Fitoterápicos.

Siga a FAPEAM no Twitter e acompanhe também no Facebook

Entre os principais estudos da Embrapa Amazônia Ocidental com plantas medicinais aromáticas e condimentares, destacam-se as pesquisas com caapeba, sacaca, crajiru, pimenta-de-macaco, diversos tipos de hortelãs, açafrão, gengibre, alecrim-pimenta, erva cidreira, capim-santo, caferana, artemísia, dentre outras espécies amazônicas e adaptadas para a região.

O pesquisador Célio Chaves explica que o correto cultivo de plantas medicinais começa com a verificação da identificação botânica da planta de interesse. Uma determinada planta valorizada por suas propriedades e princípios ativos, pode receber nomes populares variáveis de acordo com as regiões, Estados ou comunidades onde é conhecida. Isso pode confundir plantas diferentes, que eventualmente tenham nomes populares iguais ou parecidos. Por isso, é importante identificar a planta a partir de seu nome científico.

Outro aspecto, destacado pelo pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, é o cultivo correto para garantir matéria-prima de qualidade. Isso envolve desde conhecimento sobre a propagação – que pode ser por sementes ou vegetativa. Se for por sementes é preiso antes saber se ela tem dormência (demora na germinação), como deve ser seu armazenamento. Se a propagação for vegetativa, é necessário saber qual o melhor parte da planta a se usar.

Depois, na formação das mudas, é necessário avaliar qual o melhor adubo, quais as melhores condições de viveiro, se precisa de irrigação ou sombreamento. Na fase em que a planta é levada ao campo, precisa se avaliar qual o melhor espaçamento, qual a melhor época de plantio, melhor horário de corte/colheita, considerando que os princípios ativos sofrem influência das condições ambientais. E depois de colhidas, é necessário definir como deve ser a secagem do material e o armazenamento.

Todas essas informações fazem parte da pesquisa agronômica, que busca formas corretas e eficientes de cultivo que possam apoiar a área farmacêutica, para que os produtores possam fornecer matéria-prima de qualidade que permita inclusive a rastreabilidade do cultivo.

Sobre o Workshop

O  Workshop sobre o Desenvolvimento Tecnológico de Medicamentos Fitoterápicos é promovido pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Amazonas (FCF/Ufam), sob coordenação da doutora em Ciências Farmacêuticas Tatiane Pereira. O evento tem o objetivo de promover o aprimoramento e a discussão sobre os medicamentos fitoterápicos, uma vez que é de relevância debater a investigação do uso de espécies vegetais, utilizadas na região amazônica com elevado potencial mercadológico e excelente viabilidade tecnológica. As palestras, debates e minicursos acontecem de 21 a 23 de novembro no Hotel Blue Tree Premium, localizado na Avenida Humberto Calderaro Filho, 817, Adrianópolis, Manaus.

O evento é destinado a professores, alunos pesquisadores e profissionais de áreas de interesse na cadeia produtiva de fitoterápicos. O 4º Workshop sobre o Desenvolvimento Tecnológico de Medicamentos Fitoterápicos conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), por meio do Programa de Apoio à Realização de Eventos Científicos e Tecnológicos no Estado do Amazonas (Parev).

 

Fonte: Embrapa Amazônia Ocidental

Mais notícias >>

Deixe um novo comentário

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *