Pesquisa pretende transformar lagoa em espaço não formal de educação para ensino de Ciências no AM


25/04/2014 – Com a expansão urbana e o crescimento desordenado as cidades vêm sofrendo impactos significativos em seu reordenamento geográfico, político, administrativo e educacional. Este crescimento tem resultado em fortes agressões ao meio ambiente. Esse cenário não é diferente no município de Parintins, no interior do Amazonas, onde em meio a uma zona de periferia existe uma lagoa, intitulada de “Lagoa Azul”.

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Com a expansão urbana, a lagoa se transformou no palco de debates sobre sustentabilidade e meio ambiente entre moradores, órgãos ambientais e o poder público.

Para trazer as discussões para o ambiente escolar, a professora da rede municipal de ensino de Parintins, Glauciane Sousa da Silva, desenvolve pesquisas com objetivo de viabilizar uma metodologia para utilização da “Lagoa Azul” e seu entorno como espaço não formal de educação para o ensino de Ciências na Escola Municipal Luz do Saber, em Parintins.

“Levando em consideração que a educação tem um papel social e para desenvolver a reflexão crítica, nos propusemos a investigar de que forma a escola desenvolve o seu trabalho no âmbito da educação ambiental. Para isso, utilizaremos a lagoa que fica próxima a escola”, esclareceu.

O estudo, intitulado ‘Uso de espaços não formais de educação para o ensino de Ciências: O caso da Lagoa Azul no município de Parintins’, está sendo realizado desde janeiro deste ano e seguirá até dezembro de 2015. Glauciane é mestranda em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Seus estudos contam com aporte financeiro do Governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) por meio do Programa de Apoio à Formação de Recursos Humanos Pós-Graduados para o Interior do Estado do Amazonas (RH-INTERIORIZAÇÃO).

Metodologia

A pesquisadora disse que, na tentativa de entender qual a possibilidade da utilização da “Lagoa Azul” como espaço não formal de educação será feito um levantamento bibliográfico referente aos espaços similares para educação de crianças.

Ela informou que, entre os objetivos está desenvolvimento de atividades junto aos professores e alunos das séries inicias, para conhecer a possibilidade de utilização da lagoa a partir do conhecimento de práticas e ações. A última etapa será a apresentação ao poder público de uma proposta de utilização da lagoa como espaço de educação. “Nosso objetivo geral é determinar a possibilidade de utilização da lagoa como espaço não formal de educação a ser utilizado pelos professores para alfabetizar, cientificamente, alunos das séries iniciais”, salientou.

Ao final do estudo, para que a proposta se consolide serão anexadas as opiniões de moradores que defendem a preservação da lagoa e demais estudos que viabilizem a sistematização metodológica apresentada à Secretaria Municipal de Educação de Parintins.

Sobre o RH-Interiorização

O programa concede bolsas de Mestrado e Doutorado a profissionais graduados residentes no interior do Amazonas há no mínimo quatro anos ou que mantenham relação de trabalho ou emprego com instituição municipal, estadual ou federal sediada ou com unidade permanente no interior do Estado. Os cursos de pós-graduação stricto sensu ter de ser em Programas credenciados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes) em instituições no Amazonas ou em outro Estado do País.

 Camila Carvalho – Agência FAPEAM

 

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