Programa Ciência na Escola é fortalecido em Barreirinha


13/08/2012 – Barreirinha (AM) –  “A distância geográfica não é motivo para parar no tempo e ficar para trás”. Essa foi a declaração do estudante do Ensino Médio da Escola Maria Belém, Renan Barbosa, localizada no município de Barreirinha, a 331 quilômetros de distância da capital amazonense durante sua apresentação no Seminário de Avaliação dos Projetos do Programa Ciência na Escola (PCE) no município. No total, foram apresentados três  projetos. O PCE recebe financiamento do Governo do Amazonas, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).

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Os projetos foram apresentados pelos estudantes de duas escolas do município de Barreirinha. Segundo a diretora do núcleo regional da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) Elionei Oliveira, o evento foi motivo de comemoração. “Este é um momento muito importante para nós, pois precisamos muito desse tipo de apoio. Esse programa trouxe benefícios para todos, é visível a mudança que acontece em cada aluno que participa desses projetos, no desenvolvimento escolar e na vi/da deles. É algo que levarão para a vida toda”, relatou.

A solenidade de abertura das apresentações ocorreu no auditório da Escola Maria Belém, que contou ainda com a apresentação cultural do ‘Amigo da Escola’, com a apresentação do cantor, Neto Cabral. Pais, colegas de estudo e amigos dos integrantes dos projetos estiveram presentes nas apresentações, que iniciaram com os resultados do projeto ‘Alternativas para evitar a evasão escolar no Ensino Médio noturno da Escola Maria Belém’, sob coordenação da professora Eliana de Nazaré Silva Galvão.

A pesquisa

O projeto contou com o apoio técnico de Moisés de Souza Pontes, e teve como bolsistas de Iniciação Científica Junior Dean Corrêa, Ismael Froes, João Xavier de Souza, Maria Carleandia de Oliveira e Renan Barbosa, que apresentou os resultados do projeto. Segundo ele, o alto índice de evasão escolar dos estudantes do período noturno motivou a pesquisa sobre quais os motivos que levavam ao abandono da escola e como isso pode ser evitado.

“Iniciamos a pesquisa identificando o total de alunos matriculados no início de 2011 nas três turmas do Ensino Médio noturno, o que totalizou 141 estudantes. Até junho do mesmo ano, 32% desses alunos haviam deixado de frequentar as aulas. Nosso objetivo foi apontar o motivo que levou esses estudantes a deixarem de frequentar as aulas e como isso poderia ser evitado”. Ele explicou que o projeto consistiu em identificar quais os estudantes que haviam deixado a escola e depois visitá-los em suas casas para aplicar um questionário, que apontou que as causas principais da evasão escolar na escola se concentravam na falta de interesse dos ex-alunos, no excesso de trabalho e na gravidez.

“Conseguimos entrevistar apenas 40% dos alunos evadidos, e o resultado foi que a falta de interesse no estudo, o trabalho, a falta de apoio da família e a gravidez estavam como as principais causas desse abandono. Com isso, verificamos por meio das pesquisas que era necessário trabalhar com a família para que essa incentivasse os estudos. Além disso começamos a acompanhar os estudantes que estavam com faltas excessivas, como forma de tentar resgatá-los, e obtivemos um resultado positivo”.

Barbosa explicou que o projeto envolveu professores, estudantes e familiares, de forma  a incentivar a integração de todos visando à permanência dos alunos na escola. “Buscamos informar aos alunos que é através dos estudos que eles podem ter a chance de ser tornarem pessoas bem-sucedidas na profissão que escolherem. O trabalho foi premiado com o segundo lugar no Prêmio de Inovação do Sesi”.

Resíduos sólidos e função educativa
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Os estudantes Isadora Santos, Carolane Santos, Marcos Tavares e Rayssa Santos apresentaram os resultados do projeto ‘Gerenciamento de resíduos sólidos na Escola e sua função educativa’, que foi coordenado pela professora Eliane Belém. E os estudantes Brenda Barbosa, Francisco Tavares, Gabriel Tavares, João Santos e Kédima dos Santos apresentaram os resultados do projeto ‘Jornal na Escola’, que foi coordenado pelo professor Mario Jordão Costa.

Para Kédima dos Santos participar do projeto foi uma experiência muito gratificante “Participar do projeto melhorou meu desempenho na escola, lembro que antes eu era relapsa e não tinha muito interesse nos estudos e, com o projeto, passei a ter mais responsabilidade e comecei a focar nos estudos. Gostei do tema que ajudou até na convivência com os colegas, pois eu não sabia trabalhar em grupo. É uma pena que já está acabando, mas valeu pela experiência que eu adquiri”, relatou.

Para a avaliadora Liane Galvão, os projetos apresentados são importantes para o desenvolvimento de cada estudante. “Ver esses alunos se inserindo no mundo científico e realizando esses trabalhos tão interessantes é muito gratificante. Isso também deve ser incentivado e continuado, afinal de contas são esses alunos que vão dar continuidade ao trabalho que estamos realizando”, enfatizou.

Sobre o  PCE

O Programa Ciência na Escola, mantido pela FAPEAM em parceria com as Secretarias de Educação Estadual (Seduc) e Municipal (Semed) e a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e Inovação (Secti), é voltado a apoiar a participação de professores e estudantes dos ensinos Fundamental, Médio ou da educação profissional de jovens e adultos em projetos de pesquisa desenvolvidos nas escolas públicas municipais e estaduais do Amazonas.

Rosilene Corrêa – Agência FAPEAM

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