Proteção para valorizar conhecimento é tema de Seminário em Manaus
30/05/12 – Cientistas, gestores e representantes de instituições de pesquisa e educação se reuniram nesta terça-feira, 29/05, para debater iniciativas voltadas para o conhecimento e inovação no Estado do Amazonas. As discussões ocorreram no ‘Seminário de Propriedade Intelectual e Inovação: Proteção para a valorização do conhecimento’, oferecido pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), no auditório da Escola Superior de Tecnologia (EST).
Na ocasião, a diretora-presidenta da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), Maria Olívia Simão, salientou que esta é uma das ações voltadas para motivar e contribuir no desenvolvimento de inovação tecnológica e formação qualificada de profissionais. “O Estado tem várias empresas e a inovação é parte da cultura empresarial desses grupos. Isso é um dos insumos principais para o processo produtivo. O setor das micro e pequenas empresas também precisa de inovação tecnológica, para tanto é preciso investir também na formação de recursos humanos qualificados”, disse.
O secretário executivo de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-AM), Dalton Chaves Vilela, informou que o Amazonas tem ampliado o quadro de publicações, mas em relação à inovação tecnológica é necessária uma mudança. “Ainda precisamos melhorar. Discussões como esta são de grande importância, uma vez que o Amazonas é um dos maiores produtores desses insumos”, afirmou. Maria Olívia Simão disse ainda que o Estado é um local propício por conta de suas riquezas naturais e outras diferentes tecnologias podem ser desenvolvidas.
Na programação do evento, constaram palestras sobre a cultura da inovação e da proteção do conhecimento, produção científica, propriedade intelectual e oportunidade de novos negócios, além de debates sobre biodiversidade, bases legais para a proteção do patrimônio genético e inovação.
Os debates foram iniciados pela coordenadora de gestão tecnológica da Fundação Oswaldo Cruz, Maria Celeste Emerick, que apresentou o tema ‘A cultura da inovação e da proteção do conhecimento’.
Durante a apresentação, Emerick falou sobre a importância do banco de patentes, que, segundo ela, é a base de uma mudança importante e deve ser prioridade das instituições. “Essa é a principal forma de orientar o pesquisador durante o início da sua pesquisa, para evitar que ele vá por um caminho que outro já foi, pois dessa forma ele não vai conseguir proteger a sua invenção, o banco de patentes auxilia nesse processo”, assegurou.
Inovação e invenção
A agente de propriedade intelectual da Atem&Remer Assessoria e Consultoria de Propriedade intelectual, Elza Durham falou sobre ‘Produção Científica: Publicação versus Patente’. Durham explicou a diferença entre inovação e patente é falou que os conceitos são importantes para ajudar o pesquisador da universidade que a inovação nem sempre é passível de patente e a invenção é o produto que gera valor.
Financiamento à inovação
‘Financiamento à inovação’ foi o tema da palestra do coordenador nacional do prêmio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Finep, Carlos Ganem e pela diretora-presidenta da FAP do Amazonas, Maria Olívia Simão. Ganem frisou que cada região do País precisa ser valorizada por suas características. Ele falou que a Finep busca promover o desenvolvimento e apoiar a produção intelectual em todas as áreas do conhecimento.
“Nossa meta é promover um desenvolvimento ambientalmente justo e absolutamente apoiado na sociedade do conhecimento, com a mão de obra do local bem formada, instruída e treinada para produzir bons resultados”, afirmou.
Pesquisar para inovar
A diretora-presidenta da FAPEAM afirmou que a região precisa se posicionar. Nesse sentido, a gestora apontou duas importantes áreas para atuação no Estado, a biotecnologia e a economia verde. “As empresas trabalham com inovação, pois sem ela não tem como se manter no mercado. As microempresas precisam da subvenção. Para isso, temos programas como o Pappe Integração, Pró-Incubadoras e Rede Bio. Esses movimentos precisam ser acelerados e só assim vamos fazer diferença”, concluiu.
Rosilene Corrêa – Agência FAPEAM