Coordenadorias do PCE se reúnem para definir Planejamento Estratégico

Encontro reuniu professores e coordenadores de microrregiões do Amazonas para debater o planejamento estratégico do PCE. Foto: Érico Xavier/Agência FAPEAM.
As coordenadorias de todas as microrregiões do Amazonas estiveram reunidas no auditório do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), campus V8, para debater e delimitar as estratégias de ação e capacitação de professores e coordenadores do Programa Ciência na Escola (PCE). O objetivo do encontro foi ouvir os representantes de cada microrregião sobre as características municipais para definir o planejamento estratégico do Programa para os próximos três anos. O encontro teve início na terça-feira (17) e prosseguiu nesta quarta (18), estendendo-se até a quinta-feira (19).
Siga a FAPEAM no Twitter e acompanhe também no Facebook
O PCE é uma ação de alfabetização científica e tecnológica do governo do Estado, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), destinada aos estudantes e professores da educação básica do Amazonas. O diferencial do PCE é a produção da ciência dentro do espaço escolar, fomentando o desenvolvimento de projetos de pesquisa que garantam a formação e transformação do pensar e fazer científico do cidadão.

Conforme Maria Olívia, o objetivo do PCE é interiorizar a educação científica cada vez mais. Foto: Érico Xavier/Agência FAPEAM.
Segundo a coordenadora do PCE e pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Maria de Fátima Vieira, a expectativa da oficina é uma das melhores. Ela explicou que os professores e coordenadores terão a oportunidade de aprender, por exemplo, sobre o Inpa, a FAPEAM e o PCE, e levar essas informações para os seus respectivos municípios, escolas e professores, a fim de sensibilizá-los sobre a importância do programa.
“Queremos que esses professores obtenham os conhecimentos necessários sobre o PCE, FAPEAM e Inpa, para que possam falar com propriedade em seus respectivos municípios. Cada região tem suas próprias características, particularidades. As demandas dos municípios do Juruá são diferentes dos municípios do Alto Solimões, por exemplo, e exigem atuações distintas”, destacou Vieira.
Durante a abertura da oficina, a diretora-presidenta da FAPEAM, Maria Olívia Simão, disse que as ações são voltadas para interiorizar cada vez mais o PCE. Ela salientou que não é um trabalho simples, porém, prazeroso de ser feito. Por esse motivo, precisa-se da dedicação dos professores que irão atuar nas ações que serão executadas.

Vieira explicou que o objetivo das coordenadorias das microrregiões é fortalecer os trabalhos nos municípios. Foto: Érico Xavier/Agência FAPEAM.
Segundo Maria Olívia, a capacitação dos professores e coordenadores surge frente à necessidade de novas metodologias de ensino no PCE, às novas tecnologias e de um mundo mais dinâmico. “O professor não é mais a personificação do saber como ocorria antigamente”, e acrescentou que o programa avançou muito nesses dez anos. “Quero agradecer o apoio do Inpa, que contribuiu com esse crescimento e cedeu sua estrutura para a oficina, as Secretarias de Educação do Amazonas (Seduc), de Manaus (Semed) e de Itacoatiara. Esperamos crescer mais nos próximos 20 anos porque mudamos o professor, os alunos, as escolas e queremos mudar a realidade das cidades do Amazonas”, afirmou.
Para a representante da Seduc/AM, Simara Brasil, o PCE é um programa com características peculiares, pois trabalha a educação científica com professores e alunos de forma prática. Ela lembrou que existem problemas na educação brasileira, entretanto, o PCE tem demonstrado que é possível mudar o ensino no Amazonas. “Trata-se do apoio que o professor precisava em sala de aula. A meta é que cada escola tenha um projeto PCE”, avisou.
Em seu discurso, o pesquisador do Inpa, Carlos Bueno, reiterou a importância do planejamento estratégico, uma vez que cada região tem suas características. Ele disse que ao aliar à ciência a educação é possível obter o desenvolvimento regional de forma sustentável. Ele lembrou que nos últimos dez anos a FAPEAM ajudou na formação de novos doutores do Instituto, os quais têm ajudado na construção do conhecimento sobre a Amazônia. “É necessário conhecer a região para se traçar as políticas públicas estaduais. Temos que ter massa crítica forte para trabalharmos o desenvolvimento tecnológico. O PCE permite esse olhar diferenciado”, afirmou.
Luís Mansuêto – Agência FAPEAM