Escola adota libras como ferramenta de inclusão social


23/04/2012 – A inclusão social parece ser o tema do momento e se encaixa muito bem à realidade da Escola Estadual Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que possui 15 alunos especiais com deficiência na fala, audição ou visão.

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A escola, localizada no município de Coari, a 363 quilômetros de Manaus, aposta alto na capacitação de professores em linguagem de sinais e agora está também capacitando os alunos por meio do ‘Projeto Disseminador de Libras e Ecologia no Ambiente Escolar’.

Segundo a professora e coordenadora do projeto, Francisca Santos, ela viu no Programa Ciência na Escola (PCE), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM) e Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM) uma oportunidade de melhorar a comunicação entre os alunos e inseri-los de forma mais ativa nas atividades escolares.

Apesar de ainda estar no primeiro ano o projeto já conquistou vários fãs e voluntários. Os professores ministram oficinas de libras para os estudantes da própria escola, onde os próprios alunos com deficiência auditiva, participam, ajudando os colegas a interpretar e praticar essa nova linguagem.

Um dos envolvidos é o estudante João de Deus, que auxilia os colegas a entender melhor os gestos para que não haja confusão na hora de se comunicar. “O projeto trouxe interação para a escola e hoje os alunos fazem bem mais do que ir pra escola só para estudar”, ressaltou.

A linguagem de sinais é uma disciplina em expansão no mundo todo e a pesquisa  demonstra justamente a importância dessa língua no dia a dia. ‘O nosso projeto mostra como os surdos são capazes de conviver tranquilamente em sociedade’’ disse a coordenadora.

Além das oficinas de libras o projeto também trabalha com a ecologia, envolvendo os bolsistas em atividades lúdicas como produção de enfeites confeccionados a partir de produtos recicláveis como bonecos, objetos de decoração, entre outros.

A escola possui ainda outros projetos dentro do programa, mas considera a pesquisa com libras uma iniciativa experimental e inovadora.  “Nossa pesquisa é nova no meio educacional porque estamos disseminando libras e a ecologia ao mesmo tempo’’, afirmou o gestor da escola, professor Pedro dos Santos.

Os pesquisadores se encontram três vezes por semana para pesquisar as novidades a respeito do tema e procuram sempre integrar a comunidade escolar aos eventos que realiza. Apesar de o projeto encerrar em abril de 2012, a escola já tem planos de continuar disseminando libras e ecologia para todo o corpo discente.

Sobre o PCE

Esse programa consiste em apoiar, com recursos financeiros e bolsas, sob formas de cotas institucionais, estudantes dos ensinos Fundamental e Médio integrados no desenvolvimento de projetos de pesquisas de escolas públicas. O programa da FAPEAM conta com recursos do Governo do Estado do Amazonas e a parceria das secretarias estadual e municipais de ensino (Seduc e Semed)

Jamyly Macedo, da equipe do PCE

Agência FAPEAM

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