Plano de Ação 2012/2013 da FAPEAM prevê crescimento na área de C,T&I
19/04/2012 – O Amazonas do futuro dependerá do impulso na geração de conhecimento sobre a região e a capacidade de transferência e aplicação da ciência e inovação para a solução dos problemas que afligem a sociedade. Essa foi a perspectiva apresentada na 1ª Reunião Ordinária do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), realizada na sexta-feira, 13/04, na sede da Fundação.
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De acordo com o Plano de Ação 2012-2013 apresentado aos conselheiros, o ano de 2012 aponta para um cenário, em nível federal, um pouco menos promissor em relação aos anos anteriores, haja vista a redução de 23% dos recursos previstos para o MCTI na Lei Orçamentária Anual.
“Entretanto, no Amazonas não tivemos cortes orçamentários para essa área. No Plano Plurianual (PPA) 2012-2015, temos uma projeção ascendente nos recursos disponibilizados para a FAPEAM. Em 2012 foram disponibilizados R$ 88,7 milhões pela Lei Orçamentária Anual estadual, que, somados ao superávit de R$ 38 milhões e ao total de recursos captados por convênios no valor de R$ 35 milhões, totalizam um orçamento de cerca de R$ 163 milhões para o exercício”, declarou Maria Olívia.
O Governo do Amazonas entende que a área de CT&I é o eixo estratégico para o desenvolvimento sustentável. A FAPEAM mostrou claramente que as estratégias adotadas até então mudaram o cenário da CT&I no Amazonas e, como exemplo disso, ressaltou indicadores que irrefutavelmente demonstram os resultados dos investimentos neste setor.
O número de doutores do Amazonas cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa – DGP/CNPq (banco de dados de referência dos pesquisadores brasileiros) apresentou crescimento acumulado de 198%. “Saímos de 433 doutores em 2002 para 1.291 em 2010, dos quais 200 foram titulados com bolsas da FAPEAM. E vale ressaltar que um doutor leva até quatro anos para se titular. Esses recursos humanos são importantes para melhorar a qualidade dos cursos de formação superior, ainda mais se possuírem envolvimento com a inovação e a pesquisa no setor produtivo”, afirmou Olívia.
A oportunidade de formação não se restringiu à capital, pois muitos foram atraídos do interior do Estado a partir do Programa RH-Interiorização que disponibilizou 103 bolsas para estudantes de mestrado e doutorado oriundos de diversos municípios do interior do Amazonas.
“Desde a criação da FAPEAM, há o compromisso, de levar o avanço científico e tecnológico para o interior do Estado. Entre os primeiros programas lançados, tivemos o Programa Jovem Cientista Amazônida (JCA), que possibilitou a presença de pesquisadores junto às escolas da sede e de comunidades dos municípios do interior”, informou.
“A transformação oportunizada pelos investimentos em CT&I é percebida em médio e longo prazos e o Amazonas começa a colher os frutos dos investimentos contínuos. Assim, acreditamos que o Estado pode, de forma mais ousada e inovadora, pensar no futuro, pois investir na formação de competências faz toda a diferença. Não precisamos reinventar a roda, basta olharmos a trajetória dos países desenvolvidos”, finalizou Maria Olívia.
Papel do Conselho Superior
O titular da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Amazonas (Sect-AM), Odenildo Sena, que presidiu a reunião do Conselho Superior, considerou estratégica a apresentação dos dados do Plano de Ação 2012/2013 da FAPEAM durante as discussões desta reunião.
“Esta foi uma grande oportunidade de prestação de contas do muito que a instituição tem feito. Os conselheiros acabaram motivados e sensibilizados para o enorme avanço que vem ocorrendo no Estado na área de CT&I e isso reforça a credibilidade da FAP junto à sociedade”, afirmou.
Fapemig mostra experiências bem-sucedidas e dá suporte às ações da FAP
O presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Mário Neto, disse que questões debatidas na reunião do Conselho Superior da FAPEAM, foram cruciais, dentre elas, destacou-se o Plano de Ação 2012/2013, o qual apresenta uma proposta bem estruturada, mostrando e demonstrando como a Fundação está organizada para avançar na área da CT&I, no Estado do Amazonas.
“Fico feliz em saber que minha presença traz uma contribuição no sentido de apresentar as minhas experiências à frente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), cuja existência completa 25 anos, jubileu de prata, significando que podemos dividir essas experiências, fazendo com que a FAPEAM possa avançar com mais rapidez, aproveitando o que deu certo conosco”, finalizou.
Estiveram presentes na Reunião do Conselho Superior da FAPEAM, além da diretora-presidenta da FAPEAM, Maria Olívia Simão e o titular da Sect-AM, Odenildo Sena, os seguintes conselheiros: presidente do Confap, Mário Neto Borges; o reitor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), José Aldemir; o secretário de Estado da Fazenda, Isper Abrahim; o diretor do Instituto Leônidas e Maria Deane – Fiocruz Amazônia, Roberto Sena; a pesquisadora da Fundação Alfredo da Matta, Adele Benzaken; o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental e professor do Ifam, José Maurício Feitosa; e o professor/pesquisador da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Ernesto Renan Freitas.
Sobre o Conselho Superior da FAPEAM
O Conselho Superior da FAPEAM é o órgão máximo de orientação das atividades-fim e de deliberação sobre as matérias que constituem objeto da competência da Fundação, funcionando em conformidade com a Lei Delegada e o Regimento Interno. Compete ao titular da Sect-AM a presidência do Conselho.
1. Ao centro, titular da Sect-AM e presidente do Conselho Superior da FAPEAM, Odenildo Sena, à esquerda, presidente do Confap, Mario Neto, e à direita, presidenta da FAPEAM, Maria Olívia
2.Conselho é formado por representantes do Governo, de Instituições de Pesquisa e do Setor Produtivo
Cristiane Barbosa e Sebastião Alves – Agência FAPEAM