Proposta brasileira para a COP 21, em Paris, deve ser formulada até outubro


A pouco mais de seis meses da reunião do COP 21, em Paris (França), o Brasil acelera a discussão interna sobre qual será a proposta encaminhada ao fórum para a mitigação das emissões de gases causadores do efeito estufa para as próximas décadas. A previsão é que a documentação esteja pronta para a primeira versão em outubro e que o Brasil sugira uma redução superior a 38% em relação ao nível de emissões registrado em 1990 – ano base utilizado pelo Protocolo de Kyoto.

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Representante brasileiro nas negociações, o subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o embaixador José Antônio Marcondes preferiu adotar um tom de cautela sobre as pretensões brasileiras no acordo a ser formulado pela COP 21. Segundo ele, não é necessário ter pressa para fechar a proposta do Brasil.

“Neste momento, vamos definir como funcionará esse regime [de mitigação das emissões]. É isso o que Paris vai definir. O acordo vai valer a partir de 2020. Dificilmente teremos um salto tecnológico até 2020 que mude o panorama de emissões até lá”, afirmou o diplomata durante audiência pública na Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional, na quarta-feira (29).

A questão tecnológica, porém, não deve ser inserida no documento a ser apresentado pelo País na convenção de Paris. Marcondes informou que, primeiro, é preciso formular as metas para as nações em desenvolvimento terem condições de atingir os objetivos para, posteriormente, avançar nas implementações.

“O que nós estamos falando é a questão dos meios de implementação, mais do que eu pretendo reduzir ou como eu vou me adaptar. Nós temos que exatamente poder prever quais serão os meios disponíveis para os países em desenvolvimento poderem trabalhar. Eu posso fazer algo até um ponto. Depois, se tiver mais recursos e mais transferência de tecnologia, eu posso fazer mais”, explicou.

Fonte: Agência Gestão CT&I, por Vicente Melo

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