Pesquisa financiada pela Finep aponta que 46% dos brasileiros são sedentários
De acordo com o Diagnóstico Nacional do Esporte (Diesporte), pesquisa nacional coordenada pelo Ministério do Esporte e financiada com cerca de R$ 4 milhões pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI), 45,9% da população do País não pratica esporte ou atividade física, o que representa 67 milhões de pessoas. O índice de sedentarismo é maior entre as mulheres (50,4%) do que entre os homens (41,2%).
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A primeira parte do estudo, que trata da relação entre o brasileiro e a prática esportiva, foi apresentada na segunda-feira (22). Foram realizadas, ao longo de 2013, 8.902 entrevistas com pessoas entre 14 e 75 anos.
O Diesporte também detalhou as informações por região. O estudo apontou que o Sudeste concentra a maior parte dos sedentários: 54,4%. Já o Norte possui mais gente se exercitando, com somente 37,4% de pessoas sem praticar atividade física. Nordeste (38,5%), Sul (39,3%) e Centro-Oeste (45,1%) vêm em sequência.
Na América do Sul, o Brasil está em situação melhor que a Argentina, que tem 68,3% da população sedentária, e pior que o Uruguai, com 34,1%. A nível mundial, o País fica atrás de países como Índia (15,6%) e Inglaterra (17%) e próximo ao Estados Unidos (40,5%).
Segundo a pesquisa, os jovens brasileiros são os que mais praticam atividade física. Na faixa entre 15 e 19 anos os declarados sedentários somam 32,7%. Essa taxa cresce gradualmente junto à faixa de idade: de 20 a 24 anos o índice sobe para 38,1% e, a partir daí, a taxa de sedentarismo ultrapassa os 40% e cresce até atingir 64,4% entre os brasileiros com idade entre 65 e 74 anos. O estudo apontou ainda que o futebol foi o esporte mais praticado em 2013, seguido pela caminhada e o voleibol.
Executado entre 2010 e 2014, o Diesporte é a mais abrangente sondagem sobre esportes já feita no país. A pesquisa também reuniu dados sobre financiamento, legislação e infraestrutura esportiva do Brasil. Realizada pelo Instituto Visão, a pesquisa contou com a participação de pesquisadores das Universidades Federais do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro, de Goiás, do Amazonas, de Sergipe e da Bahia.
Fonte: Jornal da Ciência (MCTI/Finep)