Empreendedorismo na Amazônia: experiências do Inpa na área de inovação


Experiências e resultados na área de inovação desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) foram apresentados na manhã desta terça-feira (14) durante a 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

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A técnica da área de propriedade intelectual da Coordenação de Extensão Tecnológica e Inovação (CETI) do Inpa, Larissa Cantisani, apresentou o que a instituição tem feito  de empreendedorismo na Amazônia nos últimos 13 anos.

“Nossa proposta era mostrar que na Amazônia nós conseguimos fazer tanto a parte de incubação de empresas quanto a transferência de tecnologia”, afirmou.

Resultados

O Inpa tem 72 pedidos de patentes, 170 produtos e processos protegidos, quatro (4) tecnologias licenciadas, nove (9) marcas e dois programas de computadores registrados.

Atualmente, há quatro empresas incubadas: uma residente (estrutura física dentro da incubadora do Inpa) e três não residentes (estrutura física externa). Nove empresas já foram incubadas no Instituto.

Segundo Cantisani, um dos exemplos de transferência de tecnologia para empresas é a tecnologia do Água Box – equipamento portátil para purificação de água por meio de radiação ultravioleta tipo C. Trata-se de um sistema capaz de tornar águas sujas de rios e lagos em água potável, livre de germes.  A tecnologia já foi testada com sucesso em aldeias na região amazônica.

No purificador de água, a inovação pode ser considerada como um método para proteção contra bactérias e outros micro-organismos perigosos que, em alguns casos, podem produzir efeitos negativos não somente para o ser humano, mas também para o meio ambiente.

As outras tecnologias são a farinha de pupunha integral, o processo de obtenção de Zerumbona isolada dos óleos essenciais das raízes dezingiber I. Smithe a composição farmacêutica do extrato de zingiber zerumbet.

Novos passos

O Inpa tem se desempenhado para obter a certificação do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne) – modelo de gestão que visa promover a melhoria expressiva nos resultados das incubadoras de diferentes setores de atuação. Para isso, determina boas práticas a serem adotadas em diversos processos-chave, que estão associados a níveis de maturidade (Cerne 1, Cerne 2, Cerne 3 e Cerne 4). Cada nível de maturidade representa um passo da incubadora em direção à melhoria contínua.

“Estamos nos capacitando para implementarmos o Cerne 1. Esses níveis nós vamos graduando paulatinamente, pois demanda tempo. Para o Cerne 1, são dois anos para implementá-lo e certificá-lo”, explicou.

Fonte: Inpa, por Josiane Santos

Foto: Fernanda Farias

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