Pesquisador da Embrapa no AM desenvolve novos marcadores moleculares para dendê
02/03/2012 – O pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus-AM), Ricardo Lopes, concluiu recentemente um trabalho no qual desenvolveu novos marcadores moleculares microssatélites que foram utilizados na ampliação do mapa de referência existente para a palma de óleo (dendezeiro) e no mapeamento de QTL (Quantitative Traits Loci) de importância agronômica. Como parte desse trabalho, o pesquisador participou também em estudos para identificação de genes de interesse a partir de métodos para análise da expressão genética.
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Esse trabalho foi realizado nas atividades de pós-doutorado na área de Genética e Genômica da palma de óleo, desenvolvido no contexto das ações do Oil Palm Genome Projects (OPGP), projeto coordenado pelo Cirad (Centre de Coopération em Recherche Agronomique pour le Développement), em Montpellier/França, que reúne 16 parceiros, incluindo instituições públicas e privadas da Malásia, Indonésia, Colômbia, Espanha e do Brasil, a Embrapa.
O OPGP tem como objetivo geral desenvolver ferramentas moleculares baseadas em genes, conhecimentos e métodos para experimentos de campo voltadas para seleção assistida por marcadores moleculares em palma de óleo africana (Elaeis guineensis) e caiaué (E. oleifera), a palma de óleo americana.
A Embrapa, como parceira do projeto, terá acesso a todos os resultados, não apenas aos obtidos nas atividades que atuou diretamente, incluindo a identificação de genes responsáveis pela síntese do óleo, resistência a doenças e tolerância a seca.
“Para Embrapa essas informações chegam em boa hora, pois a empresa está nesse momento redefinindo e reestruturando seu programa de melhoramento genético da palma de óleo”, afirma o pesquisador Ricardo Lopes.
Lopes explica que a expansão da cultura de palma no Brasil traz um aumento de demandas para a Embrapa, que assume o compromisso de contribuir oferecendo tecnologias para garantir o sucesso e a sustentabilidade do setor. “Nesse sentido, o conhecimento gerado no âmbito do projeto OPGP está auxiliando na definição de estratégias que vão tornar o programa de melhoramento genético da palma de óleo mais eficiente”, afirma o pesquisador.
Assim como o pesquisador Ricardo Lopes, mais uma pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental está realizando pós-doutorado na área de Genética e Genômica da palma de óleo, junto ao Cirad, em Montpellier/França. A pesquisadora Daniela Bittencourt desenvolve uma pesquisa sobre genes envolvidos na biossíntese de óleo de palma e na alta qualidade nutricional, com o título ‘Identificação de genes homólogos envolvidos na biossíntese e na qualidade nutricional (alto percentual de ácidos graxos insaturados) do óleo de palma na espécie selvagem Elaeis oleifera, um desafio biotecnológico para a alta qualidade do óleo de palma na palma de óleo cultivada (E. guineenis Jacq.)’.
Esses estudos de pós-doutorado contaram também com o suporte do Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior, o Labex-França. O Labex faz parte de uma estratégia internacional da Embrapa de cooperação científica e tecnológica em atuação conjunta com organizações internacionais de pesquisa agropecuária, em que suas equipes participam de projetos, realizam treinamentos e compartilham meios físicos com instituições parceiras. Através do projeto Labex, a Embrapa está presente atualmente na América do Norte (Estados Unidos), na Europa (França e Reino Unido), e na Ásia (Coreia do Sul). Existem ainda outros projetos de cooperação internacional da Embrapa, em outros moldes, com países da África e América Latina.
Por Síglia Regina – Embrapa Amazônia Ocidental