Ciência sem Fronteiras leva estudantes amazonenses para a Alemanha


28/02/2012 – Estudar fora do Brasil já é realidade para estudantes universitários no Amazonas, principalmente para aqueles envolvidos com a Iniciação Científica por meio de programas financiados pelo Governo do Amazonas que incentivam essa prática como o Programa de Apoio à Iniciação Científica do Amazonas (Paic), uma iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) que consiste em apoiar estudantes de graduação interessados no desenvolvimento de pesquisa em instituições públicas e privadas do Amazonas.

Prova disso é que no início deste mês de março cinco estudantes de diversas áreas das Engenharias da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) embarcarão para a Universitat Stuttgart, na Alemanha. Isso será viabilizado por meio do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) na graduação, que é financiado pelo Governo Federal e consiste nas modalidades de bolsas oferecidas por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes).

O programa é dirigido a alunos de graduação com melhor desempenho acadêmico, caracterizado por critérios de excelência, premiação em programas de iniciação científica e tecnológica, olimpíadas e concursos temáticos, bem como a excelência de sua universidade de origem.

 

Um dos estudantes é o universitário Renan Lima Baima, do 7º período do curso de Engenharia de Controle e Automação Industrial da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que viu no programa a oportunidade para estudar na Alemanha e embarca no dia 9 de março para a Universitat Stuttgart.

“Já estava est/udando alemão e sou bolsista do Paic da FAPEAM, o que me ajudou bastante, tanto a preencher os requisitos quanto pelo apoio que temos. Ser bolsista de iniciação científica faz com que não sejamos somente um graduando comum de engenharia, mas sim um pesquisador de graduação”, conta Baima.

Assim como ele, outros quatro estudantes da UEA dos cursos de Engenharia Química, Engenharia Elétrica e Engenharia de Controle e Automação Industrial, estão rumo à Alemanha para estudar e estagiar por um período de ano. “Além de me inscrever no Ciências sem Fronteiras procurei os colegas para explicar os caminhos e dar os contatos da universidade, já que precisamos de uma carta de aceite da instituição que vai nos receber. Muitas pessoas acham que o caminho é complicado. Mas, além do nosso interesse, a universidade estrangeira também se interessa em receber alunos para estagiar em seus laboratórios”, explicou o futuro engenheiro.

 


Alunos do IFAM também são beneficiados

 

Criado para consolidar e expandir a Ciência, Tecnologia e Inovação brasileira, o programa de intercâmbio e mobilidade internacional Ciência sem Fronteiras, já concedeu mais de 1.200 bolsas até janeiro deste ano. Destas, 724 foram para estudantes de graduação de todo o País, inclusive do Amazonas. Acadêmicos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) fazem parte desta lista.

 

O envolvimento com a pesquisa acadêmica também foi um diferencial para Hayanne Soares Pinheiro, finalista do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, no Ifam. “Fiquei sabendo da oportunidade por meio de uma palestra promovida pelo Ifam. Sempre tive vontade de estudar fora. Já fui bolsista do Pibic e fiquei muito feliz com a aprovação. Incentivo todos os meus amigos, pois a possibilidade existe sim”, afirmou Pinheiro, que passará seis meses na Escola de Engenharia da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Além dela, outras duas estudantes da instituição também foram aprovadas e viajaram no início de 2012.

Os estudantes aprovados recebem uma bolsa mensal, auxílio-instalação, passagens aéreas e seguro saúde. Eles podem permanecer no intercâmbio de 6 a 12 meses, podendo estender-se até 15 meses quando incluso o curso de idioma.

Estudantes da UEA que vão para Alemanha por meio do CsF:

 

 

 Nome

Curso

Destino

1

Elana Pereira de Santana

Eng. Elétrica

Univ. Stuttgart 

2

Julie Emanuele Martins

Eng. Química

Univ. Stuttgart

3

Layne Oliveira de Lucas Gontijo

Eng. Química

Univ. Stuttgart

4

Renan Lima Baima

Eng. de Controle e Automação Industrial

Univ. Stuttgart

5

Stefany Gouvêa Vanzeler

Eng. Controle e Automação Industrial

Univ. Stuttgart 

Caminhos para o CsF

Estudantes podem ingressar no programa Ciência sem Fronteiras, modalidade graduação, por dois caminhos. Um deles é diretamente pelo site da iniciativa (www.cienciasemfronteiras.gov.br), onde o aluno se inscreve e, posteriormente, a universidade onde ele estuda é consultada sobre o índice de rendimento escolar e outros requisitos.

A outra alternativa é se inscrever por meio das universidades cadastradas pelo País. Coordenador de Pesquisa da UEA, professor Jair Max Maia explicou que as instituições recebem um determinado número de vagas para selecionar os estudantes de acordo com a proporção de bolsistas de iniciação científica de origem federal ou estadual existentes na instituição. Depois da seleção, as universidades encaminham os nomes para possível aprovação do CNPq.

“A UEA foi a instituição do Amazonas que mais teve vagas destinadas ao CsF. Ao todo, são 32. No entanto, um dos grandes empecilhos para o enquadramento no programa é a questão do idioma e também o índice de notas”, explicou o professor.

Ele ressalta o papel da universidade em apoiar a iniciativa e oportunizar essa vivência aos estudantes. “A capacitação internacional proporciona um diferencial ao aluno. E eles já se sentem mexidos com a existência do programa. Mesmo os que não possuem os requisitos se empolgam com a possibilidade de um intercâmbio, proporcionando-os a capacidade de sonhar e de conquistar esse espaço. E sonhar é o primeiro passo para ser um bom pesquisador”, afirmou.

Sobre o programa

O Ciência sem Fronteiras (CsF) é um programa que busca promover a consolidaç/ão, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e Capes –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.

O projeto prevê a utilização de até 75 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no Programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.

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Para outras informações, entre em contato pelos emails abaixo:

– Na UEA ari@uea.edu.br ou uea.ari@gmail.com

– Na Ufam arii.ufam@gmail.com

– No Ifam proreitoria_ppgi@ifam.edu.br e 3621-6794

Anália Barbosa – Agência FAPEAM

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