Projeto com apoio da Fapeam apoia fruticultura familiar no interior do Amazonas


Na fruticultura, o estudo desenvolve ações buscando melhorar a fertilidade do solo, a produção de mudas, o manejo das culturas e o controle de pragas

Estudo fortalece agroindústrias do interior do Amazonas

Com apoio do governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), pesquisadores do Amazonas estão utilizando inovações tecnológicas como estratégia para a socialização do conhecimento para fortalecer a agricultura familiar e as agroindústrias no interior do Estado, gerando uma maior produção e renda aos produtores rurais.

Estudo fortalece agroindústrias do interior do Amazonas

Agricultores são orientados por bolsistas capacitados previamente para a ação na comunidade.

De acordo com o coordenador do estudo, Gilmar Meneghetti, na fruticultura, por exemplo, são desenvolvidas ações buscando melhorar a fertilidade do solo, a produção de mudas, o manejo das culturas, o controle de pragas e doenças, os cuidados na colheita e pós-colheita, a organização da produção e o desenvolvimento e estruturação dos mercados locais.

“O projeto de pesquisa, inicialmente, contemplava as culturas de banana, açaí, cupuaçu, cacau, abacaxi e guaraná. Cada município tem suas especificidades e desenvolve ações nas culturas que são prioritárias para aquele município. Entretanto, há uma demanda em quase todos os municípios contemplados pelo projeto por ações com mamão, maracujá e, em alguns, para a cultura da graviola, culturas que passaram a ser contempladas no atendimento”, disse Meneghetti.

Para isso, foi realizada a capacitação dos bolsistas, que atuam na pesquisa, em sistemas de cultivo priorizados pelo projeto de pesquisa, orientação em áreas específicas no que diz respeito à ação junto aos agricultores que se dá de forma individualizada através de visitas, de forma coletiva através de reuniões, demonstrações de método e instalação de unidades demonstrativas nas comunidades rurais.

“As tecnologias que os bolsistas estão orientando são geradas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e outros órgãos de pesquisa. Entretanto, há tecnologias que são adaptadas pelos agricultores às condições locais e contribuem para o aumento da produção”, disse o pesquisador.

Já foram desenvolvidas ações do estudo nos municípios de Itacoatiara, Novo Remanso, Careiro da Várzea, Silves, Codajás, Novo Aripuanã, Lábrea, Coari, Tabatinga, Atalaia do Norte, São Sebastião do Uatumã, Urucurituba, Iranduba e Anori.

O estudo conta com aporte financeiro do governo do Estado, via Fapeam, em parceria com as Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplan-CTI) e de Produção Rural do Amazonas (Sepror).

Condições ambientais

Estudo fortalece agroindústrias do interior do Amazonas

A adoção de tecnologias adequadas à realidade das condições socioambientais do Estado também possibilita o uso de áreas já desmatadas, possibilitando a recuperação.

A adoção de tecnologias adequadas à realidade das condições socioambientais do Estado também possibilita o uso de áreas já desmatadas, possibilitando a recuperação e desenvolvendo cultivos solteiros ou em Sistemas Agroflorestais (SAFs) e, também, aproveitando áreas de preservação para o manejo e extração de frutas nativas.

“A tecnologia e a inovação permitem aumentar a produtividade da fruticultura. Isso significa que se pode produzir mais na mesma área reduzindo, desta forma, a pressão sobre o ambiente. Podemos duplicar a produção nas áreas já desmatadas usando tecnologia. A fruticultura é uma atividade que dá retorno no curto, mas, para a maioria das espécies, o retorno acontece no médio prazo”, disse o pesquisador.

Para Gilmar Meneghetti a inovação só acontece quando os agricultores participam das ações como sujeitos ativos. Segundo ele, a presença do técnico (bolsista) nas comunidades permitiu que a equipe conhecesse melhor a realidade e, a partir disso, em parceria com os agricultores, promovessem mudanças nos sistemas produtivos com reflexos sociais positivos. Outro destaque foi o aumento da presença da extensão no meio rural.

“O trabalho sistemático com grupos de agricultores nas comunidades permitiu melhorias da produção de algumas espécies de frutas e, junto com isso, aconteceram também mudanças sociais no que diz respeito à organização e busca de mercados. A presença dos bolsistas nas comunidades mostrou que, o aumento da produção e da renda no Amazonas, às vezes, depende de pequenas ações”, disse Meneghetti.

Esterffany Martins / Agência Fapeam

Fotos: Acervo Pessoal / Pesquisador

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