Estudo reúne memórias e documentos históricos do Colégio Amazonense Dom Pedro II
Com o acervo, o objetivo é criar um centro de documentação com exposição fotográfica para acesso público
Escola de referência local na formação dos filhos da elite amazonense nos anos de 1930 e 1940, o Colégio Amazonense Dom Pedro II abrigará um centro de documentação com uma exposição de fotografias para acesso público.
O centro de documentação será fruto de um projeto de pesquisa desenvolvido com apoio do governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), pelo pesquisador Hélio Dantas. Ele está organizando, higienizando, classificando, digitalizando e dando o tratamento preventivo de conservação aos documentos disponíveis no Colégio referente ao período de 1886 a 1999 para disponibilizá-los, adequadamente, à população.
Mestre em História, Dantas explicou que os documentos presentes na escola se tratam de informações centenárias que remontam ao final do século 19 e chegam até o final dos anos 1990, início do século 20.

Segundo o pesquisador, empresários, políticos e escritores estudaram na escola, como, por exemplo, o ex-senador Gilberto Mestrinho, o ex-senador Jefferson Péres, o ex-governador e ex-prefeito de Manaus Amazonino Mendes, além do escritor e poeta Thiago de Melo.
Segundo ele, empresários, políticos e escritores de renome internacional estudaram na escola, como, por exemplo, o ex-senador Gilberto Mestrinho, o ex-senador Jefferson Péres, o ex-governador e ex-prefeito de Manaus Amazonino Mendes, além do escritor e poeta Thiago de Melo.
“São vários documentos escolares, como histórico de alunos, boletins, atas de reuniões, livros de contratações, folhas de pagamentos. Toda a documentação burocrática de uma escola está presente aqui. Mas, tem uma característica especial pelo fato do Colégio Amazonense Dom Pedro II ser uma escola central e ser muito importante para a história do Amazonas. Ela também acumula documentações externas que, da mesma maneira, são muito importantes para a pesquisa. Por exemplo, atualmente, a escola tem uma vasta coleção de diários oficiais do Estado, que podem ser disponibilizados para consulta pública”, disse o pesquisador.
O estudo está sendo desenvolvido no âmbito do Programa de Apoio à Organização, Restauração, Preservação e Divulgação de Acervos Documentais do Estado do Amazonas (Pró-Acervo) da Fapeam.
Benefício do acervo
De acordo com o pesquisador, a organização do acervo e a criação de um centro de documentação com documentos históricos disponíveis no Colégio Amazonense Dom Pedro II auxiliará as futuras gerações a conhecer mais sobre a história da Educação no Amazonas.
“Para o público geral, a principal contribuição é a possibilidade de se identificar com esse patrimônio histórico de Manaus, não apenas na questão arquitetônica do prédio, mas a identificação afetiva, pois tem muita gente que estudou no Colégio Dom Pedro II”, disse Dantas.
Segundo ele, com a organização do acervo e, posteriormente, a criação do centro de documentação será possível remontar, por exemplo, em documentos, o cotidiano da escola no período de 1930, com a relação dos alunos, as disciplinas ministradas na época, as punições aos estudantes, além das provas, exames orais e uma infinidade de documentos estudantis e/ou acadêmicos que auxiliarão a mapear a cultura escolar do Colégio Amazonense Dom Pedro II.
Esterffany Martins /Agência Fapeam
Fotos: Érico Xavier / Agência Fapeam