Pesquisa com apoio da Fapeam explora carga parasitária na malária


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Estudo está sendo feito no âmbito do Programa de Apoio Iniciação Científica (PAIC), na Fiocruz Amazônia

Um estudo científico desenvolvido pelo estudante de Farmácia da Universidade Paulista (Unip), Lucas Barbosa Oliveira, com apoio do Governo do Amazonas via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), busca estimar a carga parasitária com mais precisão que o exame da gota espessa na malária, por meio da utilização de imunoensaio baseado na detecção de um antígeno parasitário, conhecido como Lactato Desidrogenase Plasmodial (LDHp).

O imunoensaio foi desenvolvido a partir de anticorpos policlonais gerados em imunizações de coelhos e camundongos com a proteína LDHp específica para o Plasmodium vivax e vem funcionado como um marcador de infecção da malárica.

A pesquisa está sendo desenvolvida no Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) no âmbito do Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic) da Fapeam e visa disseminar o conhecimento científico através do desenvolvimento das instituições, pesquisadores e estudantes de graduação em todo o processo de investigação, proporcionando principalmente aos alunos a experiência prática e o desenvolvimento de habilidades em pesquisas.

O estudante explicou que o exame de gota espessa para diagnóstico padrão ouro para malária apresenta limitações para infecções com baixas parasitemias e a parasitemia determinada em cruzes (+) pode não representar a real carga parasitêmica.

“Nosso estudo identificou que muitos pacientes com malária contendo cruzes diferentes de parasitemia na gota espessa tinham o mesmo nível de LDHp. Fizemos nosso Elisa e detectamos que os resultados não foram estatisticamente diferentes. Então isso nos motivou a estudar essa carga parasitária e suspeitar que o Plasmodium vivax pode estar escondido no organismo humano, de forma semelhante a espécie causadora da malária mais grave, Plasmodium falciparum”,disse o bolsista.

O jovem cientista disse também que a pesquisa possibilitou a geração de anticorpos policlonais contra LDHp que tornou o imunoensaio mais sensível do que a gota espessa.

“Uma ótima ferramenta que possibilita um diagnóstico mais correto e a informação da carga parasitaria servirá como parâmetro nos estudos sobre as complicações da malária”, finalizou.

 Esterffany Martins/Agência Fapeam

Foto: Érico Xavier/Agência Fapeam

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