Congresso discute biotecnologia sustentável na Amazônia


Biotecnologia

Evento reúne cientistas, empresas e acadêmicos até a próxima quinta-feira (20)

Últimos avanços na área de biotecnologia e estudos em aspectos moleculares serão discutidos por cientistas, empresas do ramo e acadêmicos até a próxima quinta-feira (20), durante o Congresso de Biotecnologia Sustentável na Biodiversidade Amazônica, que começou nesta segunda-feira (17) no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), com o objetivo de aproximar a academia com o setor produtivo privado.

O congresso é realizado pelo Inpa com apoio do Governo do Amazonas por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) em parceria com o Instituto Nanocell e a Sociedade Brasileira de Sinalização Celular (SBSC), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Exon Biotec.

Compondo a mesa de abertura, a diretora técnico-cientifica da Fapeam, Andrea Waichman, ressaltou que a biotecnologia faz parte das ações da Fapeam desde sua fundação. Ela citou a Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte), criada em 2008, que apoia os nove Estados da Amazônia Legal para fortalecer a infraestrutura e formação de recursos humanos para a melhoria da pesquisa. A iniciativa é uma parceria firmada, em 2009, entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“O Programa Bionorte já formou vários doutores nessa área na região amazônica, o que é extremamente importante na questão do aproveitamento da biodiversidade de forma sustentável. Outro incentivo da Fapeam é para as pesquisas desenvolvidas na área de biotecnologia, além da subvenção econômica para empresas que têm interesse de investir trazendo inovações e negócios nesta área”, disse Andrea Waichman.

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Congresso acontece até a próxima quinta-feira (20) e deve discutir o avanço da biotecnologia sustentável, além de aproximar academia e setor produtivo

Para a superintendente da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Rebecca Garcia – que também compunha a mesa de abertura – a aproximação da academia com a indústria é algo fundamental, principalmente, para tornar o país mais competitivo.  “No cenário que a indústria vive hoje, o principal insumo é o conhecimento. Esperamos que todos os estudos que sejam feitos se transformem em produtos e em capital para que nosso país seja mais competitivo”, informou.

Durante o congresso, a superintendente da Suframa falou também que a bioindústria precisa ser olhada de maneira diferenciada, e que órgão tem um papel importante nesse processo, que iniciou após um decreto do governo federal em dezembro de 2015 com a Zona Franca Verde.

Garcia afirmou que com a implantação da Zona Franca Verde ficou claro que o futuro da região Norte depende da bioindústria. “Entendemos que dificilmente vamos competir com a China, por exemplo, em algo que o país já faz muito bem. Mas, podemos competir não só com a China, porém com o mundo, com aquilo que só nós temos que é a nossa biodiversidade”, disse a superintendente da Suframa.

Evento

O Congresso de Biotecnologia Sustentável na Biodiversidade Amazônica acontece até o dia 20 de outubro, no auditório da Ciência, no Inpa, e irá abordar temas como: biologia geral, biotecnologia aplicada à saúde, pesquisas como células-tronco humanas, nanotecnologia: da produção à aplicação, câncer: da prevenção à cura, neurociências, novas perspectivas para uma vida melhor e empresas de biotecnologias.

Durante o evento também será realizado o lançamento da obra intitulada “Biotecnologia Aplicada à Saúde à Agro&Industria: Fundamentos e Aplicações” e a primeira edição do Prêmio Cientista e Prêmio Empreendedor do Ano, promovido pelo Instituto Nanocell.

Esterffany Martins – Agência Fapeam

Foto: Érico Xavier – Agência Fapeam

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