Simpósio da FMT-HVD debate pós-graduação e ciência na Amazônia
Diretora Técnico-Científica da Fapeam, Andréa Waichman, palestra sobre a importância da tecnologia e inovação na saúde pública
A importância da Ciência, Tecnologia e Inovação na melhoria da saúde pública do Estado aliado aos investimentos que o governo tem feito nessa área. Foi com essa temática que a diretora técnico-científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Andréa Waichman palestrou nesta manhã, na abertura do 4º Simpósio do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical (Simtrop), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), que tem como tema este ano “Pós-graduação em Medicina Tropical – Transformando a Amazônia através da Ciência”.
Realizado pelos alunos no curso de pós-graduação da FMT-HVD, o evento acontece no auditório da instituição até esta terça-feira (6).
“Nesses últimos anos foram investidos mais de R$ 25 milhões em pesquisa, infraestrutura e formação de recursos humanos. Em termos de grupos de pesquisas, tivemos grandes avanços. De 28 grupos de pesquisa que tínhamos anteriormente, passamos para 68, somente na área da saúde, e hoje eu afirmo, sem sombra de dúvidas, que o Amazonas ocupa um lugar de destaque na pesquisa e saúde no âmbito nacional”, afirmou Waichman.
Andrea falou ainda sobre o crescimento nos programas de pós-graduação em saúde, lembrando-se da época em que o Amazonas tinha apenas um programa de pós-graduação nessa área.
“Hoje nós temos em torno de seis na área da saúde, além do mais, o apoio financeiro que recebemos ajuda na modernização da infraestrutura em pesquisa, como por exemplo, a sala de cirurgia inteligente montada na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon), para que nós tenhamos o que existe de mais moderno em cirurgia. Posso citar, ainda, o Laboratório Sustentável de Malária, que está quase pronto e vem para somar nos trabalhos de pesquisa no Estado”, ressaltou.
A primeira palestra do 4º Simpósio iniciou às 9h, com o tema “Fatores de Risco na Transmissão do HIV no Amazonas”, ministrada pela infectologista pediatra, Solange Andrade, fundadora da Associação de Apoio à Criança com HIV – Casa Vhida. Ao todo serão 18 palestradas nos dois dias de evento.
De acordo com um dos organizadores dos debates, Allyson Costa, o Simpósio é realizado anualmente e tem por objetivo incentivar a discussão sobre diversos temas ligados à Medicina Tropical.
“Malária, HIV, Tuberculose, Hanseníase, Arboviroses de modo geral e formas de controle são os temas que serão abordados durante o simpósio. Desde 2002, quando o programa de pós-graduação foi fundado, nós procuramos trabalhar da melhor maneira a cura e o combate dessas doenças, assim como o tratamento e o controle delas, por isso nós conseguimos, em 2013, uma nota de excelência que é o Conceito Capes 5, para o nosso curso e nós somos o único programa da região Norte, na área da saúde, a ter essa nota”, disse Allyson.
Para 2017 foram ofertadas 28 vagas para o curso de Mestrado em Medicina Tropical, com duração de 24 meses, e em fevereiro será lançado o edital para o doutorado, com duração 48 meses.
Ada Lima – Agência Fapeam
Fotos: Érico Xavier – Agência Fapeam