Bolsistas do PCE conhecem patrimônios culturais de Manaus


O projeto contribui para a valorização da cultura e conta com a participação de alunos do ensino fundamental do IEA

 As histórias por trás dos patrimônios materiais do centro histórico de Manaus estão sendo conhecidas e registradas pelos bolsistas do Programa Ciência na Escola (PCE) a partir da perspectiva artística, educação patrimonial e alfabetização científica. A atividade é realizada com apoio do Governo do Amazonas por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) em parceria com as secretarias de Estado e Municipal de Educação.

A ação que contribui para a valorização da cultura conta com a participação de alunos do 6º e 7º anos do Instituto de Educação do Amazonas (IEA). O trabalho é uma das 396 propostas aprovados na edição 2017 do PCE.

Segundo a coordenadora do projeto, Denise Bezerra, o eixo principal do trabalho é mostrar aos alunos a riqueza histórica e cultural que se encontra próxima a escola, no Centro Histórico de Manaus. O projeto começou há um mês na escola e já visitou o Museu Amazônico e o Teatro Amazonas.

“Temos o privilegio de estarmos no centro da cidade. Isso facilita muito, pois não precisamos de uma logística grande, levamos os estudantes caminhando até os pontos que vamos visitar. Os alunos fazem a visita, mas também uma pesquisa de cada patrimônio. Pois, conhecendo a importância e a história de cada um é possível fazer com que eles valorizem e prestigiem esses locais”, conta Denise.

FOTO PCE OKAlunos do ensino fundamental do Instituto de Educação do Amazonas visitaram o Museu Amazônico 

O sucesso do último projeto que carregava a bandeira ambiental, aprovado na edição 2016 do PCE, foi tão grande que alunos de outras turmas decidiram se voluntariar para participar do projeto.

“Hoje, estamos com 15 alunos: três são bolsistas e os demais voluntários. Queremos fazer com que os alunos voltem ao Teatro Amazonas ou em outro local histórico com um novo olhar sobre essas edificações. Além disso, vamos conhecer mais sobre a história do IEA também, que tem livro retratando o centenário da escola. Outros pontos como Palácio da Justiça, Largo São Sebastião e Academia Amazonense de Letras estão na lista para visitarmos”, disse.

A bolsista de alfabetização científica Marcella Wolfarth, que participa pela segunda vez do PCE, disse que a experiência de participar do projeto é única e gratificante. O conhecimento adquirido despertou seu interesse em querer conhecer a história por trás de cada monumento histórico.

“Várias pessoas passam pelo Largo São Sebastião ou Teatro Amazonas e desconhecem a história desses patrimônios materiais. Eu, por exemplo, já tinha visitado o Teatro Amazonas com os meus pais para assistir espetáculos. Já o Museu Amazônico foi a primeira vez que visitei com os alunos da escola por meio deste projeto. Eu vi uma exposição e tinha muita arte é algo que nunca tinha visto”, diz a estudante.

Para a bolsista do PCE Rebeca Elainy Santos, que participa pela primeira vez de um projeto de alfabetização científica, o projeto tem sido interessante e tem despertado o interesse a pesquisar e entender sobre as histórias do Centro Histórico de Manaus.

“Eu estou gostando muito de conhecer esses lugares. Cada visita é interessante. Já fomos ao Museu Amazônico e ao Teatro Amazonas e conhecemos toda a história por trás de cada um”, contou Rebeca.

Parceria

O projeto do PCE conta com a parceria de graduandos, 4° período e 6°período, do curso de Comunicação Social-Relações Públicas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Segundo o professor de Relações Púbicas da Ufam, Israel Rocha, os universitários fazem toda a parte de comunicação  que envolve fotos, textos e vídeos. A ideia que é no final do projeto todo material seja organizado e colocado em exposição.

“Eu acho o PCE um programa fundamental na escola. É partir dele que começa a despertar nos alunos da educação básica o contato para vida acadêmica, além disso, estimula sobre a importância e o pensar na ciência. Geralmente, os estudantes que participam de projetos assim quando entram na universidade já estão preparados no ponto de vista do que a universidade exige”, acrescentou Rocha.

OKGraduandos em Comunicação Social- Relações Públicas da Ufam com os bolsistas de alfabetização científica do PCE no Teatro Amazonas

O professor que conheceu o PCE por meio do projeto anterior da professora Denise Bezerra, na área de educação ambiental, disse que foi a partir disso que surgiu a ideia de pensar no projeto de educação patrimonial e envolver os universitários na iniciativa.

Amanda Brito, que cursa o 4° período de Relações Públicas, disse que a parceria da Ufam com o projeto do PCE é uma troca de experiências entre os alunos e os universitários.

“Assim como eles aprendem, nós também aprendemos. Existem alguns lugares que conhecemos juntos por meio do projeto. Por isso é uma via de mão dupla. Estamos mostrando aos estudantes como é feita essa parte da comunicação. Por exemplo, como é possível se comunicar, como fazer as fotos e ter um novo olhar de cada monumento que visitamos”, contou Amanda.

PCE

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) divulgou, no mês de julho, a lista com o nome dos projetos aprovados no Programa Ciência na Escola (PCE), edição 2017. Ao todo, 396 propostas foram aprovadas e contemplam Manaus e outros 35 municípios do Estado.

 As atividades do PCE se estendem até dezembro do corrente ano. O programa conta com investimento da ordem de R$ 2,4 milhões para apoio ao desenvolvimento das pesquisas no âmbito das redes públicas estadual e municipal de ensino.

O PCE incentiva a atração de alunos e professores ao mundo da pesquisa científica no ambiente escolar, envolvendo-os, a partir do 6º do ensino fundamental até a 3ª série do ensino médio, em projetos de cunho científico ou tecnológico.

Texto-  Esterffany Martins  (Agência Fapeam)

Fotos- Divulgação

Imagem de destaque – Érico Xavier

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